InovSea delineou 16 medidas de ação

A Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) e Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) querem construir um Centro de Inteligência Azul, para liderar a implementação e coordenação das 16 medidas do Plano de Ação.

“O plano de ação está muito bem montado”, referia o presidente da AEVC. Manuel Cunha Júnior informava que “foram ouvidas várias empresas e entidades e vários especialistas na economia do mar e conseguimos delinear um bom plano de ação muito útil e muito prático. Muito efetivo para as fileiras que discutimos no projeto: o turismo; a pesca; a construção naval; a reparação naval de pequeno porte; o comércio voltado para a economia do mar, a fabricação e a exportação; a atualização; a requalificação; a internacionalização das empresas”.

Viana do Castelo recebeu, na tarde de 09 de junho a quarta e última jornada do InovSea, com enfoque nas exportações.

Manuel Cunha Júnior dizia que “foram dois anos de um trabalho intenso para desenvolver este trabalho”. Aquele líder acreditava que as empresas da região têm de se “atualizar, renovar, inovar, digitalizar. Ou seja, criar as condições necessárias nessa fase que vivemos, da internacionalização e do digital, da qualificação, que é para ter um upgrade”.

Segundo Cunha Júnior, Viana do Castelo conta com “300 empresas” dedicadas à economia do mar, representando “dois mil postos de trabalho direto e 204 milhões de euros em exportações”.

“Temos bem claro a oportunidade e o caminho que queremos trilhar”, salientava o autarca socialista: Luís Nobre dizia: “está criado o ecossistema, pelo menos, em termos de visibilidade”. Acrescentando, “a exportação é determinante para o sucesso que Portugal pode ter na economia azul”. O autarca do PS manifestava que Viana está a “posicionar-se na liderança [da economia do mar]”, dando o exemplo da CorPower no aproveitamento da energia das ondas. “A experiência da CorPower vai projetar-nos e ser um bom exemplo de exportação”.

O chefe de Divisão e Planeamento da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCDRN) informava que o Alto Minho é responsável por 8% das exportações nacionais. No entanto, na área das embarcações e estruturas flutuantes, as exportações atingem os 87%. Paulo Santos lembrava ainda as parcerias com a Galiza e inforamava que o mar será “uma prioridade de cooperação”. Referindo ainda que no Portugal 2030 estão previstos “mil milhões de euros, direcionados para cinco objetivos”, sendo que 48% da verba será investido na “internacionalização das PME´s” e “na criação de emprego”. “O desafio é transformar potencialidades em realidades do ponto de vista da valorização económica de recursos e ativos “, concluiu Paulo Sousa.

O secretário de Estado do Mar referiu que está a ser feito um novo “plano de ordenamento marítimo”, prevendo-se a instalação de “10GW offshore”. “O mar e o oceano são o território do futuro”, assegurou.

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