Dezasseis esculturas de grande dimensão e um documentário sobre as danças rituais em territórios dos Caminhos de Santiago compõem a instalação de ate contemporânea “Mordomas”, da autoria da artista portuense Cristina Rodrigues, foi inaugurada no dia 11 de junho, no Museu Municipal de Caminha, numa homenagem aos bailarinos portugueses e espanhóis de algumas localidades do Caminho de Santiago.
Apoiada e dinamizada pelo Município de Caminha, “Mordomas” tem curadoria de Mateo Feijóo, diretor artístico espanhol nascido no Gerês em 1968, e é composta por 16 esculturas de figuras humanas em ferro, com 2,10 metros de altura. Cada escultura é ‘vestida’ com uma saia têxtil com 1,20 metros de diâmetro. Nesta altura procede-se aos trabalhos de montagem, com a colaboração da artista, que está no concelho desde o início da semana.
A obra de arte da artista recria e homenageia as bailarinas portuguesas – as Mordomas – e os bailarinos espanhóis – os Mayordomos -, emblemáticos de várias localidades dos dois lados da fronteira atravessadas por territórios ao longo do Caminho de Santiago
Quanto ao documentário, onde participam elementos de vários grupos etnográficos do território de Caminha, reúne as histórias de várias gerações de bailarinos, tendo sido gravado no Valadares Teatro Municipal e no Cineteatro dos Bombeiros de Vila Praia de Âncora.
Participam os grupos caminhenses Etnográfico de Vila Praia de Âncora, Academia de Dança e Música Tradicional de Caminha e Vilarelho, Rancho Folclórico das Lavradeiras de Orbacém, Rancho Folclórico das Lavradeiras de Gondar, Cantares Tradicionais da Sociedade de Instrução e Recreio Ancorense e Grupo de Danças e Cantares Genuínos da Serra D’Arga.
A instalação ficará patente no Museu Municipal de Caminha até 30 de setembro.