IPVC integra projeto que está a criar software para prevenir surtos de mosquitos

Novos têxteis com repelentes e um software para prevenir e combater doenças provocadas por mosquitos estão a ser criados no âmbito da rede CostActions – Investigation and Mathematical Analysis of Avant-garde Disease Control via Mosquito Nano-Tech-Repellents. Sofia Rodrigues, docente e investigadora da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), tem em mãos a criação de novos modelos matemáticos para prever e combater surtos de mosquitos.

Este projeto, financiado pela União Europeia, reúne especialistas em epidemiologia, bioestatística, matemática, biologia, nanotecnologia, engenharia química e têxtil para implementar novas técnicas de combate às doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, Zika, chikungunya e febre-amarela. “Pretende-se estudar o efeito de medidas de controlo de vanguarda, nomeadamente as que envolvem novas tecnologias em produtos têxteis e tintas à base de nanopartículas e micropartículas que liberam repelentes ou pesticidas”, explica Sofia Rodrigues.

O projeto, que termina em março de 2022, envolve investigadores de vários países, que partilham ideias e trabalho desde 2017. “Nós, matemáticos, estamos a trabalhar a parte da epidemiologia para perceber quando chegam os surtos. Já a parte dos têxteis, por exemplo, está a trabalhar na criação de têxteis com repelentes”, refere a investigadora.

Os novos produtos já estão a ser testados na Itália e na Croácia. “Para testar se os tecidos são bons ou não, os investigadores colocam-se numa zona com mosquitos durante um determinado período de tempo. Uns vestem roupas sem repelentes e outros investigadores vestem roupas com repelentes e, no final, contam quantas picadas têm cada um”, conta a investigadora da ESCE-IPVC.

O passo seguinte, depois do projeto terminar, é a produção de têxteis com repelentes. “Os produtos têxteis podem ser, por exemplo, t-shirts para o cidadão comum utilizar”, esclarece Sofia Rodrigues, recordando que, a nível militar, as tropas norte-americanas e europeias já usam camuflados impregnados com repelentes quando vão para países mais tropicais.

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