IPVC participa em projeto-piloto com 10 entidades

Docentes e ex-alunos do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), músicos, artistas e empresários das áreas do espetáculo e do equipamento do Norte, criaram um projeto piloto que pretende demonstrar que a cooperação colaborativa entre instituições pode manter vivos os organismos industriais e artísticos.

O projeto Dryas é uma investigação que reúne vários setores do meio artístico-cultural-empresarial e só foi possível “pelo empenho, força de vontade e solidariedade de todos os intervenientes, uma vez que todos os participantes trabalharam de forma voluntária para o produto final”, explica fonte do IPVC.

Uma simbiose de várias fações cujo resultado final se traduz na apresentação de novos produtos de iluminação doméstica, ou seja, um conjunto de dois candeeiros, que tivesse “uma relação muito forte” com o ambiente, a natureza, a sustentabilidade, mas que também transmitisse a cultura”. Na prática a apresentação dos candeeiros irá acontecer de forma teatral, num espetáculo, que irá servir de promoção de outros setores a atravessar dificuldades devido à pandemia como a música erudita, o teatro ou outras artes do palco. Uma forma diferente de promoção, que nos faz recuar no tempo e na história para culminar numa promoção conjunta, com sentido de futuro.

O projeto Dryas apresenta-se assim como “um modelo de sustentabilidade”, que substitui o mecenato pelo colaborativismo. Este foi o ponto de partida para a criação de uma rede de entidades e de parceiros de diferentes áreas, cujo trabalho foi criado no Pólo do Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design (CIAUD) da Universidade de Lisboa instalado no IPVC. “Este é um projeto colaborativo que exigiu imenso empenho e que resultou numa produção de áudio, vídeo, musical, teatral e de design absolutamente único”, assume a professora de Design da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do IPVC e investigadora do CIAUD, Liliana Soares, que lidera o projeto com o também professor de Design do IPVC e investigador Ermanno Aparo.

A coordenadora do projeto realça a importância deste “casamento”, uma vez que considera que o Teatro é um lugar para promover a cultura e também o lugar onde se podem promover produtos. “Este momento performativo pretende demonstrar que o palco pode ser um lugar de experimentação como acontecia antigamente quando as cenografias eram produzidas pelos mesmos artífices locais que produziam o mobiliário doméstico, substituindo o mecenatismo pelo colaborativismo”, explica a professora e investigadora.

As obras musicais em conjunto com a interpretação dramática, num cenário dominado pelos protótipos da futura linha de iluminação da empresa Furnor (composto por candeeiros sustentáveis feitos de cortiça e metal), vão dar lugar a um espetáculo no Teatro Municipal Sá de Miranda.

Este projeto embrião, que resultará também num documentário, está a avançar sem qualquer financiamento. O objetivo, refere Ermanno Aparo, é avançar com um segundo projeto. “O Dryas pode tornar-se uma referência para a construção de percursos de cooperação que promovam o desenvolvimento da economia em plataformas partilhadas entre a indústria e a cultura, propondo o que melhor pode representar o país”. Ermanno Aparo, espera que, no futuro, “o projeto possa ser apresentado em eventos ao vivo, em contato direto com o público, dando ainda mais valor ao que o palco tem de extraordinário: o contato com as pessoas”.

Projeto reúne atuais e antigos alunos e docentes do Politécnico de Viana do Castelo

Este projeto de “cooperação cultural” revela uma “fortíssima” presença do IPVC entre os participantes. De destacar que este projeto liderado pelos professores e investigadores Liliana Soares e Ermanno Aparo, conta também com a participação de ex-alunos do IPVC e atuais designers João Teixeira e Jorge Passos, da empresa de iluminação FURNOR de Vila Nova de Famalicão, Amorim Composites, dos professores Ana Vieira, Sílvia Cancela e Jean-Philippe Passos, da Escola Profissional Artística do Alto Minho (ARTEAM), do ator e ex-docente IPVC, José Escaleira, do Teatro do Noroeste – CDV, do realizador e videomaker vianense Flávio Cruz, da empresa Ponto de Vista – Audiovisuais, do fotógrafo Luís Lagadouro da empresa Luar Imagem (Caminha), do técnico de som e docente IPVC, Pedro Alves, da empresa Gam Estúdio Áudio (Viana do Castelo) e, ainda, o apoio do técnico de iluminação Rui Gonçalves, também docente do IPVC.

Item adicionado ao carrinho.
0 itens - 0.00

Ainda não é assinante?

Ao tornar-se assinante está a fortalecer a imprensa regional, garantindo a sua
independência.