Isenção de taxas para famílias carenciadas

Os sete concelhos do distrito de Viana do Castelo que integram a Águas do Alto Minho (AdAM) vão isentar até final do ano as famílias em dificuldades das taxas fixas de água e saneamento devido à pandemia de covid-19.

“Atendendo aos constrangimentos causados pela pandemia de covid-19 os sete municípios que integram a empresa Águas do Alto Minho decidiram criar uma linha de apoio social extraordinário”, avançou à Lusa o presidente da Câmara de Viana do Castelo. Este explicou que aquela medida “permitirá atribuir a isenção do pagamento das taxas fixas de água e saneamento às famílias com dificuldades económicas”.

A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% por sete municípios do distrito de Viana do Castelo.

A decisão de criar a linha de apoio social extraordinário foi tomada na sexta-feira, numa reunião que juntou os sete autarcas que integram a empresa começou a operar em janeiro.
“No caso de Viana do Castelo, já foi assinado o despacho que contempla essa medida. Na reunião camarária de quinta-feira será dado conhecimento ao executivo municipal e, posteriormente, à Assembleia Municipal”, especificou José Maria Costa.

No sábado, num comunicado conjunto, os presidentes das Câmaras de Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Vila Nova de Cerveira e Viana do Castelo, explicaram que a solução “desagrava o custo total imputado aos consumidores enquadrados num perfil de consumo inferior a 20 metros cúbicos, com incidência nos tarifários dos municípios que tiveram um maior ajustamento, e que se refletirá já na próxima fatura a emitir”.

POPULAÇÃO QUEIXA-SE DE AUMENTOS EXPONENCIAIS
A constituição da AdAM tem sido contestada por vários partidos e pela população de alguns concelhos, que se queixa do aumento “exponencial” das tarifas.

Na posição conjunta que tornaram pública no sábado, os sete autarcas lamentam “os sucessivos erros de faturação, motivados pela dificuldade de articulação dos sete sistemas municipais e pela unificação do sistema de leituras”.

Para os sete autarcas, aqueles erros “provocaram uma perda de confiança generalizada, sem precedentes, nos sistemas de abastecimento e faturação de água”.

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