Já cheira a festas

Sendo o traje o veículo desse perfume da nossa imaginação, as Festas da Senhora da Agonia são o pólo agregador do colorido da “Romaria das romarias”, da cor dos trajes e das danças e costumes que saltam à vista até dos daltónicos; do folclore que nos transporta às raízes do sentimento esplendoroso da etnografia, Viana enche-se de gente que vem de todos os cantos do país e meios sociais, dos aldeões aos “incultos” dos centros urbanos.

Temos, pela segunda vez, o Festival de Folclore Internacional (do Alto Minho) que antecede as Festas d’Agonia (pg. 3) e, supostamente nos prepara, cansa ou pode até saturar para o que as Festas podem exibir?!… De uma (II série), assim entendida, na continuidade da anterior, mas que não se impõe ao nosso folclore porque nada o ofusca, antes o glorifica, na diferença dos trajes, das cores, das danças… Se esta antecipação se justifica pela economia logística de aproveitamento dos grupos estrangeiros que estão em digressão, não se revê na estratégica de amenizar a quebra turística outonal, do marasmo de que a Cidade dificilmente escapa depois das Festas. O Festival tinha por função apelar à permanência ou da presença de novos forasteiros para fruírem a amena doçura outonal que normalmente acaricia os autóctones nesse “segundo verão” que costuma acontecer.

Não há insubstituíveis. O sucessor do “Senhor Folclore”, pode não saber tanto de etnografia minhota, especialmente do folclore ou até dos hábitos e costumes dos alto-minhotos, mas tem demonstrado saber conduzir a equipa da VianaFestas, com proficiência, seriedade e, naturalmente, disciplina nestes quase 20 anos de trabalho por “amor a Viana” (pg. 5). Embora não desejando ser presidente da comissão de festas, viu-se na obrigação de assumir essas funções face à unanimidade do escrutínio de todos os seus colaboradores.

E, este ano, o Cortejo Histórico-Etnográfico vai contemplar os labores da terra, com toda a panóplia dos diversos quadros e trajes de trabalho. A Romaria espera-nos.

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