Jafumega com o “melhor concerto de sempre”

Decorreu, no último fim de semana, a edição deste ano, do Viana Bate Forte, o festival de música urbana que, desde 2016, ocorre no centro histórico de Viana do Castelo. Foram 16 artistas distribuídos por três palcos nas praças da República, da Liberdade e da Erva. A menor afluência, percecionada na edição deste ano, comparativamente à do ano passado, é explicada, segundo fonte da organização, pelas condições atmosféricas e pelo facto de, em 2022, se estar ainda na ressaca da pandemia.

Como habitualmente, no segundo dia, o sábado, foi aquele em que se registou maior afluência, embora não exista qualquer estimativa oficial. O concerto de Domingues, jovem artista de V. N. Gaia, onquistou o fãs com letras fortes e emotivas. Conhecido por temas como “Fica” ou “Romance de Cinema” foi o mais concorrido, na Praça da Liberdade, sobretudo de público mais jovem, uma prova, segundo o vereador da Cultura, Manuel Vitorino, do ecletismo do evento que atrai gente de todas as idades. No mesmo dia, o repetente, no evento, The Legendary Tigerman também voltou a entusiasmar o muito público presente naquele que foi o último concerto na Praça da República.

Também na praça mais central da cidade, na noite de sexta-feira, Mimicat, a conimbricense, cantora e compositora de pop e soul, que venceu o Festival RTP da Canção em 2023, também juntou um público, um pouco menos jovem e entusiasta com o brilhantismo da sua atuação.

Outra nota, ainda, para – segundo o conhecido músico, professor e produtor musical David Martins – o melhor concerto musical desde que se realiza o Viana Bate Forte. Referimo-nos ao concerto, na Praça da Liberdade, dos regressados Jafumega, banda portuense com quatro dezenas de anos que se destaca pela qualidade musical bastante acima da média, em que os agudos, o timbre e a força vocal do transmontano Luís Portugal, já sexagenário, continuam  incólume ao passar dos anos. 

David Martins destaca também o excelente trabalho da equipa de som do grupo, num espaço em que tal não é fácil conseguir, nomeadamente com as reverberações e num local em que era preciso “puxar” pelo mesmo. 

De resto, o repertório integrou todos os grandes sucessos do grupo, como Ribeira e Latin’América, o que fez vibrar muito do público, maioritariamente já na idade  madura, que ali afluiu.

Uma nota, ainda, para os balcões de bebidas na via pública. Segundo nos informaram, houve comerciantes que os queriam colocar e não o conseguiram fazer por não terem solicitado, atempadamente, as licenças para o efeito.  

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