Janeiras, uma tradição sempre presente

Enquanto o Grupo de Danças e Cantares de Perre percorria a freguesia nas frias noites de inverno, já o corpo docente do Centro Escolar recordava aos mais novos a existência de tão nobre tradição, fazendo soar através das suas vozes juvenis as letras entretanto improvisadas.

É, na verdade, uma das nossas mais velhas tradições. “Para cima de cem anos” já afirmavam as vozes dos nossos janeirantes mais antigos, que percorriam a freguesia a pedir ajuda para as obras da igreja Paroquial (décadas de 40 e 50 do século XX) e, em seguida, para a Festa em honra de S. José – a Festa dos operários, como era identificada na altura, também por força da profissão de S. José – nos anos que se seguiram.

Depois, foi a vez da Associação Desportiva e Cultural de Perre (início da década de 70), e logo a seguir a Sociedade Columbófila. Mais tarde foi a vez da Escola de Música, bem como do Grupo de Danças e Cantares cuja atividade ainda anima os caminhos de Perre durante os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e, por vezes, março, quando a chuva é mais persistente e as casas são mais acolhedoras.

Por tudo isto, foi com muito agrado que ouvimos o numeroso coro das crianças do Centro Escolar de Perre a entoar vibrantemente as letras das Janeiras no final da Missa de sábado na nossa igreja Paroquial, envergando o tradicional lençol branco.

Uma palavra de apreço ao dedicado corpo docente do Centro Escolar de Perre, por assim trazer, até nós, uma réstia de esperança na preservação de uma tradição que tanto nos orgulha.

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