Viana do Castelo foi palco de mais uma feira do livro, desta vez designada por “Ler em Viana”, entre 23 de abril e 07 de maio. Há 41 anos que a Feira do Livro decorria no jardim público, e no verão, mas esta edição aconteceu em abril/maio e no Centro Cultural de Viana do Castelo.
Conceição Meira, da direção do CCAM (Centro Cultural do Alto Minho), refere que “o balanço é negativo”. Aquela responsável manifesta que “embora o espaço seja ótimo, e temos todas as comodidades possíveis”, a data “não é a mais adequada. As pessoas trabalham, os miúdos têm escola” e acrescenta que tem reparado que o nível de vida está mais “caro”.
Para Viviana Rodrigues, representante de várias editoras, existem alguns aspetos a considerar, adiantando que anteriormente as pessoas circulavam no jardim e levava mais à “compra por impulso”. Durante a semana, “o movimento de pessoas é quase nulo”: “ao não haver movimentação, as vendas não são iguais”, explica. Destacando a importância da divulgação, “o cartaz diz “Ler em Viana” e as pessoas não associam que é a feira do livro, mas sim um conjunto de atividades, e o facto de ser num espaço fechado as pessoas ficam relutantes porque não sabem se é a pagar”.“Estamos muito melhor aqui. No jardim, os livros estragavam-se com muita facilidade. Seja com pó, vento ou com a chuva”, assegurava Viviana Rodrigues.
Há 10 anos a participar na feira do livro, José Azevedo, responsável por editoras e uma livraria, destaca que as atividades que decorreram paralelamente “ajudaram e desajudaram.
A Feira do Livro tem que encerrar com o concerto a funcionar. Quando decorrem os concertos nós temos que estar fechados, e devia ser precisamente o inverso”. “ Esta foi a primeira edição nestas condições e tem um longo caminho para percorrer. Em termos logísticos, de segurança e climáticos é indiscutível que mudou para melhor, o que acaba por ser vantajoso”, conclui.
Margarida Pinto, responsável pela Oficina com Pinta, faz um balanço muito positivo, afirmando que “é uma boa altura para divulgarmos o projeto e mostrar à cidade aquilo que temos e que fazemos. O contacto com as pessoas é incrível, e eu adoro apresentar os livros, e ter essa oportunidade de falar para um número maior de pessoas é muito bom. Portanto o balanço é muito positivo”.