A monitorização do lixo marinho já permitiu identificar lixo com origem na Malásia, Alemanha e Espanha na Praia do Cabedelo, em Viana do Castelo. Os dados foram avançados pelo presidente da Câmara Municipal, José Maria Costa, durante a assinatura do protocolo entre a autarquia e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no âmbito do projeto de Monitorização do Lixo Marinho.
O Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) de Viana do Castelo indicou que, desde maio de 2017, foram recolhidos 200 quilos de resíduos em quatro ações de monitorização promovidas na Praia do Cabedelo, que abrangeram uma área de 100 metros.
Entre os resíduos recolhidos, foram catalogados 6.100 materiais, que incluíam materiais diversos, como vassouras, molas da roupa, peças de fogo de artifício, seringas, tampões auriculares, frasco para análises clínicas, cotonetes, fita de identificação do hospital, entre outros.
Segundo os dados do CMIA, foram recolhidos 120 quilos de resíduos para caracterização, onde foram identificados 137 cotonetes, 127 beatas, 432 pedaços de plástico, entre outros materiais.
Nas campanhas de monitorização participaram 114 voluntários de agrupamentos de escuteiros, associações de pais, escolas privadas, empresas locais e público vianense em geral.
O Cabedelo é monitorizado desde 2002, pois integrou o grupo de praias que participou no projeto piloto sobre Lixo Marinho organizado pela Convenção OSPAR. Até maio de 2017 foi monitorizada pela ARH Norte, que contactou o CMIA de Viana do Castelo para colaborar neste projeto.