São 44 as “Lojas Memória”, que integram o primeiro roteiro elaborado pelo Município de Viana do Castelo, e apresentado ao final da tarde de 15 de julho, no Teatro Sá de Miranda. Os proprietários dos mais de quarenta espaços receberam o dístico para colocar no estabelecimento empresarial e a autarquia editou um livro, onde apresenta um pouco da história de cada uma das “Lojas Memória”.
O autarca vianense explicava que “a Câmara Municipal tem dado atenção especial aos comerciantes”. José Maria Costa salientava também que “uma parte da alma das cidades está no comércio”, defendendo que “a componente da diferenciação é importante, porque é aquilo que nos distingue”.
Cafés, pastelarias, floristas, lojas de artesanato, ourivesarias, restaurantes, casas de petiscos e até uma farmácia fazem parte deste primeiro roteiro.
O vereador do Planeamento e Gestão Urbanística referia que o percurso foi “longo” e permitiu “identificar o que temos no nosso território”. Luís Nobre acrescentava: “com este roteiro temos a oferta mais organizada”. Para além das lojas do centro histórico de Viana do Castelo, há espaços de várias freguesias do concelho.
Para o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) o “setor do comércio e serviços é o maior setor empregador de Portugal”. Cunha Júnior salientava que “é gratificante ver a valorização da tradição, da cultura e sobretudo da resiliência dos nossos comerciantes”.
Um dos coordenadores do livro editado, Rio Fernandes manifestava que “este trabalho é um reconhecimento da importância do comércio”. Aquele responsável informava que “as pessoas cada vez mais procuram espaços diferenciados e individuais”. Adiantando que “este projeto é o reflexo de amor e gratidão dos vianenses”.
Em janeiro de 2019, o Município aprovou, por unanimidade, o regulamento municipal que definiu os critérios de atribuição da classificação “Loja Memória” às casas comerciais com interesse histórico, cultural ou social.
A classificação foi orientada por fatores distintivos – lojas que comercializam produtos de excelência, que mantenham a mesma atividade há 50 ou mais anos, que constituam espaços de referência artística ou arquitetónica, que adquiram especial relevância na história da cidade, enquanto lugar de acontecimento histórico, por ser a única resistente num determinado tipo de atividade ou por ser referência na linguagem comum dos residentes.