Manuel Filgueira – filho visitou-nos

Manuel Filgueira – o pai não era natural de Viana do Castelo, mas, pela sua participação na vida social desta cidade e pelo espólio fotográfico que nos legou, deixou claro que vivia a nossa sociedade com tanta ou mais intensidade que muitos daqueles que aqui nasceram.

Vindo de Espanha, Galiza, aqui se radicou aos 35 anos de idade, em 1901, e só daqui partiu quando a morte lhe bateu à porta, aos 89. Foram, portanto, 54 anos a produzir retratos dos e para os vianenses e a registar com as suas pesadas máquinas, próprias da época, os mais importantes e variados acontecimentos da sociedade local. Tudo era produzido no seu estúdio instalado na atual rua Manuel Espregueira, antiga rua de S. Sebastião, no nº154, quase paredes-meias com o Arquivo Distrital.

Recentemente, o seu trabalho, grandioso, a mostrar-nos a velha e sempre bonita Viana foi dado a conhecer aos vianenses em exposição pública, organizada pelo nosso Município. O filho, também ele Manuel Filgueira, por cá passou e aproveitou para visitar o jornal que mais publicou as imagens que o pai captava.

Com a simpatia própria dos Filgueiras (a irmã Marilena também era visita assídua do “A Aurora do Lima”), falou connosco e teve a gentileza de nos oferecer um catálogo da exposição do pai e outros fotógrafos, “Viana do Castelo – a cidade, passado e presente”. Foi uma conversa agradável, pelo que ficou combinado outros encontros. Apareça Manuel Filgueira, será sempre Benvindo, mas, agora que nos deixou o seu contacto, não deixaremos, um destes dias, de o saudar.

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