A questão suscitada por mais de 40 profissionais de saúde, que apresentaram uma queixa por assédio laboral contra o diretor dos cuidados intensivos no Hospital de Santa Luzia, é uma das principais preocupações que o Conselho Sub-Regional de Viana do Castelo da Ordem dos Médicos expressa no comunicado divulgado aquando da Dia Mundial do Médico, assinalado no último dia 19.
“Do que se sabe, porque à Ordem do Médicos não chegou qualquer participação formal dos Médicos envolvidos nos acontecimentos divulgados, trata-se de conflitos laborais entre grupos profissionais da saúde, que ocorrem em unidades de internamento hospitalar, e que pelo número de envolvidos, com diferente responsabilidade na hierarquia hospitalar do departamento em questão, são obviamente motivo de preocupação para todos”, refere o Conselho.
A “forma como a notícia é divulgada coloca a ULSAM e os seus profissionais, perante a opinião pública, num significativo patamar de descrédito, sentindo-se todos atingidos na sua dignidade e brio profissional. Sabe a Ordem dos Médicos, formalmente, que foi aberto um auto de averiguações aos acontecimentos, para que se deduza acusação ou arquivamento do processo. Há 4 meses… A lentidão do processo de averiguações é a razão próxima que determina o recurso aos meios de comunicação social”, explica.
“Compete à Ordem dos Médicos exigir respostas às questões publicamente colocadas, sérias e graves, porque a ausência destas respostas arrasta para o terreno do descrédito todos os profissionais”, assinala o Conselho Sub-Regional, presidido por Alberto Midões.
Por outro lado, “compete ao Conselho de Administração da ULSAM implementar urgentemente as medidas que permitam virar esta página mediática da vida da Instituição. É importante que seja feito em tempo útil, porque as óbvias dificuldades que o SNS atravessa – a desmotivação, o desalento, o desgaste físico e emocional dos Médicos no seu dia a dia – já são razões suficientes para que não se acrescente o descrédito e a desconfiança dos que temos que tratar, razão última da existência da nossa profissão.”