O Presidente da República disse na última segunda-feira, em Caminha, que a exploração mineira na Serra d’ Arga não deverá avançar.
Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido por três manifestantes, naquela via e gritavam: “não às minas, sim à vida”. O protesto aconteceu à porta da rádio e jornal “Caminhense”, onde o Chefe de Estado foi entrevistado com a presença de jovens daquele concelho. “Estou convencido que nunca haverá uma mina na Serra d’ Arga”, referiu.
Na entrevista, e após ter ouvido uma jovem agricultora, Sandra Gonçalves, que falou da preocupação com o impacto da eventual exploração mineira, o Presidente reafirmou a sua convicção de que “jamais virá a haver uma mina” naquela zona, que considerou ser de uma “riqueza natural indiscutível”.
“Eu acho que jamais venha a haver uma mina na Serra d’ Arga. As pessoas olham e dizem, mas a lei, teoricamente, pode permitir, nós sabemos como é. Há uma lei de 2015 que demorou imenso tempo a regulamentar. A regulamentação para fazer um equilíbrio tornou o processo muito complexo, tão complexo que a sua própria aplicação é muito complexa. O decreto-lei que dá execução à lei torna mais complicado o processo para todo o território continental”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
“É minha perceção, de muitos anos de análise dos fenómenos, não só por corresponder a uma vontade coletiva muito forte, mas à própria realidade não ver como nada plausível, nada provável o que preocupa, legitimamente a Sandra. Eu também estaria preocupado porque ela tem lá [Serra d’ Arga] a sua vida, num determinado contexto e a alteração radical do contexto, ali, é um ‘jóker’ e é uma frustração de expectativas muito grande”, justificou o Chefe de Estado.