No último domingo, dia 12, na Praça da Liberdade, foi apresentada a 5ª Edição de Viana Está na Moda, sob o mote “Mística Divina”, integrada no Ano Europeu do Património Cultural 2018.
Esta iniciativa foi apadrinhada pela Direção Geral do Património Cultural, pela Câmara de Viana do Castelo, pela Autoridade Marítima – Capitania de Viana do Castelo, pelo Politécnico de Viana do Castelo, pela Associação Empresarial, pela Diocese de Viana do Castelo e pela União de Freguesias de Monserrate, Sta Maria Maior e Meadela. Contou, ainda, com a colaboração da Fanfarra dos Escuteiros da Meadela.
Isabel Lima recorrendo às memórias afetivas e emocionais da comunidade piscatória da Ribeira de Viana do Castelo juntou “tradição é fé” para uma “Celebração de Louvor” pelos 50 anos da procissão de Nossa Senhora d’ Agonia ao mar e ao rio.
Isabel Lima incorporou uma realidade cultural o “ato de fé” dos pescadores.
Percorrendo as igrejas e capelas de devoção dos “homens do mar”, registou a talha de evidente beleza onde se afloram motivos barrocos com robustas figuras de anjos e conjuntos de imagens pintadas, esculpidas, cinzeladas, repuxadas, modeladas ou fundidas, as alfaias de culto, as coroas, resplendores, retábulos, relicários, e construiu uma linguagem religiosa, sagrada e estética, com percepções distintas. Criou o “simbólico figurado” com bordados a fio de ouro e pedrarias, usadas nas vestes litúrgicas e produziu alterações estilísticas nas sedas evocando as vestes dos Santos e as grandes solenidades.
Para mostrar os símbolos das gente simples da ribeira, reparou na obra notável da “Ceia do Senhor”, o apostolado, que figura em muitas casas de família dos pescadores (como mensagem de agregação familiar à mesa) e reparou na ourivesaria religiosa abundante e de vários tipos, que as mulheres dos pescadores usam ao peito, como cruzes processionais, custódias, relicários e outras peças.
M. L.