A Câmara Municipal de Viana do Castelo e o Exército Português assinaram um protocolo que visa garantir a vigilância dos quase 30 quilómetros quadrados de extensão da Serra de Santa Luzia. Para o autarca vianense a vigilância, que acontece até 30 de setembro, é “um caso exemplar de cooperação entre o Estado Português e o Município”.
José Maria Costa defendeu que “a presença ativa do Exército Português durante o período crítico promove a vigilância e também a persuasão”. O autarca socialista destacou ainda a presença de bombeiros de outras corporações do país no Alto Minho durante o período mais crítico, numa colaboração que “dá mais corpo ao dispositivo existente no distrito, reforçando e apoiando os bombeiros da região”.
Também o Comandante da Escola Prática de Serviços do Exército Português, Armando Ferreira, frisou que a presença das forças militares ”tem sido importante para persuadir quem tenha intenção de atear fogo à bonita natureza de Santa Luzia”. Por isso, o responsável assegura que, “no que depender de nós, vamos voltar a não ter incêndios em Santa Luzia”.
A vigilância pelos militares da Escola Prática de Serviços da Póvoa de Varzim acontece, assim, pelo nono ano consecutivo. Ao longo deste período, os militares estão a promover operações de vigilância mantendo permanentemente informadas as entidades responsáveis (CODIS – Comandante Distrital de Operações de Socorro, Bombeiros Municipais de Viana do Castelo) e comunicando, de imediato, qualquer ocorrência digna de registo.
Desde 2010, ano em deflagraram variados incêndios naquela área do concelho, que os militares vigiam Santa Luzia durante o verão. A vigilância resulta de um protocolo que visa apoiar a autarquia, enquanto elemento da Proteção Civil, na vigilância da Serra de Santa Luzia, como ação de prevenção contra incêndios e concomitantemente na defesa da floresta e na manutenção das condições de vida das populações locais.
No âmbito desta operação apenas será permitido o acesso às áreas restritas aos proprietários de terrenos, nomeadamente nos dias de maior risco de incêndio, sendo os mesmos alertados para alguns tipos de comportamentos que têm de evitar. A informação de identificação recolhida pelos militares do Exército poderá depois ser utilizada pelas autoridades policiais na investigação de eventuais focos de origem criminosa que possam ser detetados.
No ano passado, recorde-se, o período de vigilância foi prorrogado até final de outubro, devido às condições climatéricas adversas.
A 15 de julho teve também início a vigilância garantida por escuteiros em postos fixos situados em Santa Luzia e no monte do Galeão / Senhora do Crasto, em Deocriste.