Município estabelece protocolo com APDL para “potencializar” porto de Viana

O executivo municipal de Viana do Castelo aprovou, por maioria, com abstenção dos vereadores do PSD, a elaboração de um protocolo com a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) para “a potenciação da utilização do porto marítimo de Viana do Castelo, nomeadamente no que respeita à movimentação de carga pelo tecido empresarial da região”.

A Agenda do Mar 2030 identificou a necessidade de realizar um estudo prévio que explore as possibilidades de conexão ferroviária entre o porto de Viana do Castelo e um porto seco, num raio de distância a rondar os 10 quilómetros, num contexto que gerará maior otimização dos grandes investimentos em Viana do Castelo”, refere a proposta apresentada pelo presidente da Câmara, Luís Nobre, na reunião ordinária do executivo.

O autarca socialista esclarecia que após o trabalho para a elaboração da Agenda do Mar ficou claro a necessidade de “clarificar o perfil”. Luís Nobre acredita que “a identificação da frente atlântica de Viana do Castelo para a instalação de captação de energias offshores” permite a instalação de algumas empresas dessa área no concelho, dando o exemplo da CorPower. Adiantando que “a Agenda do Mar tem de ser uma ferramenta de trabalho e não apenas ser um instrumento de diagnóstico”.

A questão da ferrovia foi muito discutida com muito afinco. Há quem defenda e há quem conteste. Mas a logística intermodal é uma realidade e traz uma realidade que é preciso aprofundar”, referia Luís Nobre. Adiantando que o documento a ser produzido vai ouvir os parceiros da Agenda do Mar e a sociedade civil vianense.

A bancada do PSD absteve-se por considerar que os custos do estudo deveriam ser suportados pela APDL. “Todos os estudos são bem-vindos, o que não me parece tão correto assim é que a câmara tenha de pagar 20 mil euros, um dos pressupostos dos considerandos do protocolo. A câmara preside à assembleia geral da Comunidade Portuária, não tem de pagar este estudo”, disse Eduardo Teixeira, assegurando que é um “assunto fraturante”, que precisa de “forte ponderação”.

Na resposta, Luís Nobre adiantou que “temos a obrigação de definir a estratégia de desenvolvimento do nosso concelho. O porto de mar é muito mais do que os acessos ferroviários”.

A vereadora do CDS inicialmente deu indicações de se abster, contudo foram alterados alguns fundamentos do protocolo, levando Ilda Novo a votar favoravelmente.

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