Museu Bienal de Cerveira retoma atividade em pleno

A Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) retomou, no passado dia 5 de fevereiro, a sua plena atividade expositiva, quase um ano depois do acolhimento do Centro Municipal de Vacinação. Acácio de Carvalho, Bruno Silva e Sebastião Castelo Lopes foram os protagonistas deste novo ciclo, o primeiro de 2022 e de um novo Conselho Diretivo.

Foi com casa cheia que o presidente da FBAC, Rui Teixeira, abriu a cerimónia de inauguração das exposições, acompanhado pela direção artística, composta por Cabral Pinto e Helena Mendes Pereira. “É um orgulho ver o Museu Bienal de Cerveira abrir novamente portas, para dar início à dinamização da programação para o corrente ano e voltar a ser um centro cultural de exposições de referência”, afirmou Rui Teixeira.

No decorrer da sessão, foi ainda prestada uma homenagem aos três autarcas cerveirenses que antecederam a criação da FBAC, como forma de perpetuar o incontornável papel de cada um deles na história da Bienal Internacional de Arte de Cerveira. A cada edil foi atribuído um espaço no Museu Bienal de Cerveira: Galeria João Lemos Costa (mandatos de 1976 a 1982), Galeria Germano Cantinho (mandatos de 1982 a 1989) e Auditório José Manuel Carpinteira (mandatos de 1989 a 2013).

Exposição individual de Acácio de Carvalho

Dispensando apresentações, Acácio de Carvalho é já um nome incontornável das Bienais Internacionais de Arte de Cerveira (BIAC). Em 2001, foi Prémio Aquisição Millennium BCP na XI BIAC, tendo vindo a colaborar desde então com a FBAC na criação de projetos artísticos de grande escala e em espaço público. Com curadoria de Helena Mendes Pereira, esta que é a primeira exposição individual do artista no Museu Bienal de Cerveira, é tão diversa quanto a sua carreira artística, que conta já com 50 anos. No total, são apresentados, até 19 de março, cerca de uma centena de trabalhos que contemplam os meios mais tradicionais como a pintura, a gravura ou o têxtil e os novos formatos como a instalação, o vídeo ou a impressão digital.

“«Trompe-L’Oeil – Uma Ilusão Teatral» recupera o título do projeto de doutoramento de Acácio de Carvalho, considerando que esta exposição se apresenta como a síntese (possível) da extensa produção de um autor que atravessa os limites do tempo com a sua «inevitável (in)sustentabilidade»”, explica a curadora da exposição.

Concurso Novos Artistas 2022

Com o objetivo de dar a conhecer criadores emergentes, o Concurso Novos Artistas apresenta até 2 de abril, na Galeria do Museu Bienal de Cerveira, os artistas Bruno Silva e Sebastião Castelo Lopes.

A pequena localidade de “Pego Negro” da freguesia de Campanhã, no Porto, dá nome à exposição de Bruno Silva. Com 38 anos, natural de Rio Tinto, o artista procura através da fotografia proporcionar um encontro com as fragilidades deste território rural e envelhecido. “Pego Negro pretende ser um ponto de partida e não é apenas sobre si. É também sobre a memória do local, sobre a sua erosão através do tempo e sobre a minha própria experiência, sobre a fotografia como meio e como as diferentes práticas podem afetar a nossa perceção visual”, explica o artista.

Já Sebastião Castelo Lopes, de 28 anos, natural de Lisboa, propõe uma conversa sobre a Arte e o Desenho através da exposição site specific “No céu todos, todos serão cegos”. Segundo o artista, o intuito é que a mostra levante questões como: “O que é isto que eu vejo? Porque está isto montado desta forma? O que é pedido ao espectador neste espaço? Qual é o papel do espectador na obra de arte?”.

De referir que a iniciativa é promovida no âmbito da candidatura “Fundação Bienal de Arte de Cerveira: a Arte Contemporânea integrada na sociedade e no mundo” (2020 – 2021 – Apoio Sustentado – Artes Visuais), que conta com o apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes. 

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