O navio da Marinha ‘Mondego’, que no início do ano esteve envolto em polémica devido a 13 militares que recusaram embarcar numa missão, esteve aberto ao público para visitas no domingo em Viana do Castelo.
Numa nota enviada à imprensa, a Marinha adianta que “o navio patrulha costeiro NRP Mondego esteve aberto ao público no domingo, dia 24 de setembro, em Viana do Castelo, no Porto Comercial” e pode ser visitado das 10h às 12h e das 14h às 17h.
“Esta semana o NRP Mondego navegou, pela primeira vez, no rio que lhe dá nome e foi visitado, na quinta-feira, dia 21 de setembro, por 258 pessoas no Porto da Figueira da Foz, onde também abriu a visitas”, adianta a nota.
De acordo com o ramo, atualmente, o NRP Mondego é comandado pelo primeiro-tenente Lopes Pires e tem uma guarnição de 25 militares.
Este ano, em 11 de março, o NRP ‘Mondego’ falhou uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, no arquipélago da Madeira, após 13 militares (quatro sargentos e nove praças) se terem recusado a embarcar, alegando razões de segurança.
A Marinha participou o sucedido à Polícia Judiciária Militar (PJM), em Lisboa, no âmbito de inquérito criminal, tendo também instaurado processos disciplinares. A Armada acusa os marinheiros de “desobediência a uma ordem” e de terem feito “sair determinado tipo de informação para uma associação militar”.
O ‘Mondego’ esteve ao serviço da Marinha Real Dinamarquesa entre fevereiro de 1992 e outubro de 2010, tendo sido posteriormente vendido a Portugal em outubro de 2014 e rebatizado com o nome de NRP Mondego.
“Após um período de reconfiguração e modernização com recurso à indústria nacional, nos estaleiros navais do Arsenal do Alfeite S.A., o NRP Mondego passou a integrar o dispositivo naval do Sistema de Forças e desempenha um vasto leque de missões e tarefas”, lê-se na nota.
A Marinha explica que este tipo de navios, de patrulha costeira, “tem como missão principal a busca e salvamento marítimo e fiscalização marítima, com incidência na faixa costeira continental e do arquipélago da Madeira”.
Para além destas missões, o navio presta apoio a diversas entidades onde se inclui a Autoridade Marítima Nacional (AMN), e está também apto a “prestar apoio à população civil em situações de catástrofe, em articulação com as autoridades de proteção civil”.
“Pode ainda integrar estruturas internacionais, como a agência europeia FRONTEX de controlo da fronteira externa da União Europeia”, é acrescentado.