Uma designer e a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) pretendem recuperar o uso do fato de noiva do traje à Vianesa nos casamentos, lançando em 2020 a primeira edição da “Noivos 100% Alto Minho”. Uma iniciativa que levará, no próximo 15 de agosto, noivos a casarem numa cerimónia pública na Sé Catedral (Matriz) de Viana do Castelo.
De acordo com a designer Isabel Lima, a celebração do casamento à moda do Minho pretende assinalar um acontecimento histórico, que foi a criação de um traje emblemático de solenidade para usar no ritual do casamento, que voltará a ser usado na sua verdadeira função.
O projeto – adianta – envolve parcerias que patrocinam todas as formalidades exigidas para a realização do contrato de casamento, reforça e afirma a identidade regional, dinamiza a cultura e as artes, eleva o potencial do empreendedorismo, distingue serviços, cria impacto social de grande visibilidade e eleva o patamar de excelência das intervenções sociais, espelhando fortalecimento de meios.
A designer referiu, por outro lado, o “cariz solidário” do projeto, “uma vez que os casais que se candidatarem (até ao dia 28 de fevereiro) não terão de pagar os custos da cerimónia” e a sua “importância religiosa”. A seleção dos casais (um número ainda não determinado) será efetuada por um júri ainda a designar.
Luís Ceia, presidente da CEVAL, observou que esta irá dar apoio “logístico e de divulgação” ao projeto, inspirado nos “Casamentos de Santo António” de Lisboa, embora com noivos com traje inspirado na tradição minhota.
Os candidatos podem ou não residir no distrito de Viana do Castelo, bem como serem emigrantes ou lusodescendentes.