Um investimento entre sete e dez milhões de euros na sexta fase do parque empresarial de Lanheses, em Viana do Castelo, vai criar um centro de inovação e desenvolvimento e uma fábrica de abrasivos diamantados que empregará 70 trabalhadores.
Em declarações à agência Lusa, esta terça-feira, a propósito do alargamento do parque empresarial de Lanheses, o ainda presidente da câmara da capital do Alto Minho, José Maria Costa, disse tratar-se do novo empreendimento empresarial da KGS Diamond, no concelho de Viana do Castelo.
“A escritura do terreno já foi assinada. Trata-se de um lote com sete mil metros quadrados de área. O projeto do novo centro de inovação e desenvolvimento e da fábrica está a ser ultimado. A empresa suíça tem alguma urgência no início da empreitada que deverá começar durante o primeiro trimestre de 2022”, adiantou José Maria Costa.
A KGS Diamond é o fabricante líder mundial de abrasivos diamantados flexíveis e tecidos metalizados eletroliticamente.
A empresa, fundada na Suíça em 1906, fabrica abrasivos desde 1952. A KGS tem mais de 20 escritórios de vendas e distribuição na Europa, América do Norte, Médio Oriente, Singapura, Índia, China e Austrália e tem ainda fábricas instaladas na Suíça, Holanda Hungria, Portugal, Emirados Árabes Unidos e Índia.
No total, segundo José Maria Costa, a Câmara de Viana do Castelo vai investir 2,4 milhões de euros na sexta fase de expansão do parque industrial de Lanheses.
A abertura do concurso público da empreitada, aprovada em reunião camarária, aguarda publicação em Diário da República.
A obra prevê a construção de infraestruturas de abastecimento de água e saneamento básico, um novo acesso rodoviário “para servir à nova fábrica da multinacional americana, BorgWarner, já em construção num investimento de 25 milhões de euros e que criará 300 novos postos de trabalho”.
O projeto inclui ainda uma área de estacionamento e zona de carregamento de veículos elétricos.
Segundo o autarca, os 11 empreendimentos industriais instalados nas cinco fases do parque empresarial de Lanheses empregam atualmente 2 400 trabalhadores, estando previstos, “a curto prazo”, novos empreendimentos empresariais.
A quinta fase do parque industrial, inaugurada em janeiro de 2019, correspondeu a um investimento de cinco milhões de euros.
Naquela infraestrutura, “com vocação para o ‘cluster’ automóvel, as novas unidades indústrias que se instalaram nos últimos 10 anos trabalham em grande parte para a exportação”.
“Estas empresas aumentaram o perfil exportador do concelho, que segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) ocupa o 16.º lugar dos mais exportadores a nível nacional, sendo responsável por 1,5% das exportações e contribuindo com um ‘superavit’ muito superior de 400 milhões de euros para a balança de transações”, adiantou.
Constituído em 2001, aquele parque, o maior do concelho, acolhe, para além do ‘cluster’ das energias renováveis da Enercon, empresas dos mais diversos setores de atividade, desde o automóvel, distribuição e transformação alimentar, metalomecânica ou transformação de vidro.
O projeto do parque empresarial de Lanheses foi lançado em 2000 numa parceria entre a Associação Empresarial de Portugal (AEP), a câmara e a Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC).