O Largo 9 de Abril recebeu, ao final da tarde de 11 de novembro, a cerimónia do 103.º aniversário da assinatura do acordo de paz da Primeira Guerra Mundial. Vários representantes das forças de segurança e militares marcaram presença na “cerimónia singela”, que contou com a deposição de uma coroa de flores junto do Monumento ao Soldado Desconhecido.
“Esta cerimónia, no dia 11 de novembro, é alusiva à assinatura do acordo de paz da grande guerra, o Armistício, que decorreu no dia 11 de novembro de 1918, às 11 horas da manhã”, explicava o vice-presidente do Núcleo da Liga dos Combatentes. Orlando Novo assinala que “além do centenário do Armistício, celebramos o aniversário do Núcleo e o final da Guerra do Ultramar”.
Apesar de não haver número concretos do número de mortos de Viana do Castelo na Primeira Guerra Mundial, Orlando Novo revela que “a Brigada do Minho, comandada pelo major Xavier da Costa, aqui de Viana, destacou-se na Batalha de La Lys (França), onde muitos foram mortos e feridos”. Adiantando que “essencialmente temos de lembrar as pessoas da terra e os próprios combatentes do Ultramar, que foram aqui de Viana e que não foram assim tão poucos”.
A cerimónia não contou com a assistência de muitas pessoas, estando apenas presentes as entidades militares e civis convidadas. Orlando Novo assegura que esta situação se prende também com o afastamento da comunidade vianense a estas matérias. “A resposta da comunidade vianense vê-se pelas pessoas que estão aqui. Tirando os convidados e os antigos combatentes são muito poucos os que vêm”, lamenta o major reformado. Orlando Novo sublinha que “não é por falta de divulgação, mas as pessoas pelos seus afazeres ou por não estarem minimamente motivadas para estas cerimónias não participam”.