“O Barco de Vilar de Mouros e outras embarcações do Rio Coura” foi apresentado em Caminha


Foi apresentada recentemente, no âmbito da IV Feira do Livro Luso-Galaico da Ribeira Minho, realizada em Caminha, a sétima edição do Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense (GEPPAV), intitulada “O Barco de Vilar de Mouros e outras embarcações do Rio Coura”, da autoria de Paulo Torres Bento, Joaquim Aldeia Gonçalves, Basílio Barrocas e Plácido Ranha Silva Souto, com design gráfico de Carlos da Torre.

Após intervenções do presidente da Câmara Municipal de Caminha, Rui Lages, e do presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, Carlos Alves, o livro foi apresentado pelo diretor do Aquamuseu do Rio Minho, Carlos Antunes — que salientou a ambição dos autores que o barco do Rio Coura seja integrado de pleno direito no rol das embarcações tradicionais portuguesas.

Em representação do GEPPAV, Paulo Torres Bento historiou o processo de investigação que culminou com a edição deste sétimo Caderno do Património Vilarmourense, que passou pela pesquisa nos arquivos da Capitania do Porto de Caminha, do Arquivo Histórico da Marinha (Lisboa), do Aquamuseu do Rio Minho e do Museu Marítimo de Ílhavo (onde está depositado o Fundo Especial Octávio Lixa Filgueiras).

Esta investigação, que decorreu ao longo dos últimos dois anos, permitiu obter a comprovação científica para reivindicar a especificidade de uma embarcação própria do Coura, o “Barco de Vilar de Mouros”, os pequenos barcos de fundo chato, de proa e popa afiadas, que na freguesia eram conhecidos por bateiras.

No final da sessão, que contou com uma numerosa assistência — em que se destacavam familiares do arquiteto Lixa Filgueiras, o capitão do porto de Caminha, comandante Vieira Pereira, e dois dos depoentes do estudo, o modelista ancorense Norberto Carrelo e o vilarmourense António Fiúza —, o GEPPAV ofertou modelos à escala da embarcação, feitos por Norberto Carrelo, à Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e ao Aquamuseu do Rio Minho.

O objetivo assumido é que ambas as instituições os possam expor e assim contribuir para melhor divulgar este exemplar do património fluvial e marítimo do concelho de Caminha e da região alto-minhota, que vem somar-se ao consagrados carocho e masseira (gamela).

texto e fotografia GEPPAV

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