O espetáculo de apresentação do cartaz de 2018, designado de “Os Globos de Ouro”, mais não foi do que aperitivo para aquilo que a Comissão de Festas da Romaria ambiciona: que tudo quanto é mulher, jovem e menos jovem, de Santa Marta e terras vizinhas, sintam orgulho no trajar à vianesa e na honraria do fato de mordoma, e se assumam na sua chieira, dando sentido à aposta na homenagem ao OURO. A sua presença fará do cortejo de sábado uma grande jornada etnocultural, à volta do precioso metal. Façam-no, comparecendo em massa. Fatos verdes, azuis e vermelhos, lindos de se verem em corpos e rostos que tornam ainda mais bela a mulher minhota, que desafia com o seu olhar o brilho cintilante do ouro que as adorna; mordomas portadoras das mais bonitas velas que Portugal já viu, as velas votivas de Santa Marta, únicas, que complementam o fascínio do ouro que ostentam. Todas elas, porém, a par da imagem da padroeira, Santa Marta, exímias na arte de ourar. Este é o ano da afirmação de ‘bem trajar’. O “OURO” merece-o. Santa Marta, a padroeira, bem o dispensaria, mas os seus devotos fazem questão. É a grande oportunidade de serem diferentes e gratas.
A Junta de Freguesia e a Escola Básica de Santa Marta de Portuzelo cooperaram na celebração do dia da criança, a 01 de junho. Das iniciativas, merece relevo a visita ao Núcleo Museológico do Linho, que recebeu alunos durante todo o dia. As crianças foram esclarecidas quanto às diversas fases por que passa o tratamento do linho, que aquele espaço da ex-escola de Fonte Grossa permite melhor apreender. Também tomaram conhecimento da sua sementeira, que vem sendo feita regularmente, numa conjugação de esforços entre a autarquia e a Comissão de Festas da Romaria. Bela iniciativa cultural, a promover a intergeracionalidade.
Santa Tecla e Santo António
Decorreram as festividades em honra de Santa Tecla, em Samonde e de Santo António, na Romé. Aquelas, no 1º domingo do mês e estas, já noticiadas, terminaram no dia 13, com missa cantada em louvor de Santo António e a recordar todos aqueles que, em vida, de algum modo ajudaram na organização da festa. Samonde fez festa religiosa, com Missa solene e procissão, o que, para além de não desagradar à santa homenageada, não impediu o são convívio entre os moradores e os santamartenses que ali se deslocaram.
Santo António, cujas virtudes e algumas das suas inúmeras qualidades foram destacadas pelo pároco, padre Valdemiro Domingues, na homilia da missa do dia 13, viu a meteorologia “boicotar” a atuação dos bombos e a exibição das marchas. Porém, ‘boicotes’ e dissabores na sua entrega à missão terá sofrido muitos Santo António, em vida, pelo que não era a chuva que o iria ‘embaraçar’. Pelo menos, assim o pensaram os seus devotos e não permitiram que a laboriosa e simpática comissão ficasse com razões para mau dormir. Com efeito, as receitas cobriram as despesas, tal é a grandeza do santo e a simpatia de quem aqui desfruta.
Agora, preparam-se já os santos populares nos dias 22 e 23, na Avenida Comendador Parente Ribeiro, de mãos dadas com a Festa da Cerveja Artesanal.