O retomar de uma “rubrica”

O Centro Cultural do Alto Minho CCAM faz este ano, 40 anos. Retomamos hoje a rubrica, “Roda-Pé Cultural”, agora 2ª série. Semanalmente, um artigo escrito por diferentes artistas, escritores, articulistas, investigadores, professores, e outros, a propósito, sem outros critérios que não sejam a qualidade, a ética, reflexões sobre cultura e tudo do que vai pelo mundo. A inovação: o comentário sobre acontecimentos presentes, a notícia algures que se transforma agora em algum tipo de opinião. A seleção do participante é do CCAM, a responsabilidade do artigo, é do autor.

O CCAM nasceu como Associação cultural, dinamizadora, executante e apoiante do que à cultura diz respeito. A ciência, a antropologia, as artes, os livros, a edição, as conferências, a formação a diversos níveis, workshops, fazem parte do seu mundo, que se vem adaptando a novos saberes, tecnologia e desafios.

O desafio é um percurso, que sem pensamento único, e com caminhos de caos e reorganização, nos remete para a criatividade. Repetir lugares comuns não traduz o nosso principal interesse. Ainda que a consciência da marca e matriz, nos façam dialogar mais facilmente, numa base de linhas claras e assim melhor entendíveis. A comunicação é primordial, a divulgação um objetivo.

Viana vem mudando muito nos últimos 40 anos. O acesso a meios de cultura, por todo o lado, adquiriu, agora, possibilidades impensáveis há 40 anos atrás. Mas será que o acesso fácil é suficiente?

Olhamos para Viana e sua história “ recente”, e encontramos, entre outras referências, um Carolino Ramos, M. Emília Sena Vasconcelos, A. e M. Couto Viana, as tertúlias de artistas e intelectuais, e percebemos que a cultura ficava “pelas elites”, extravasando, somente em casos raros, para um ciclo de pessoas interessantes. Hoje poucas coisas inserem limites tão precisos, e isso é uma mais-valia, sobre a qual nos debruçamos, pretendendo intervir culturalmente, numa sociedade em mudança.

O CCAM possui uma Galeria, retomando o nome Barca d’Artes, na Rua dos Manjovos 31. Por lá já passaram, recentemente, nomes das Artes que são referências, e outros em construção. O espaço físico permite o encontro de ideias e a observação de trabalhos de criadores. Aberto também, no 1º andar a outras propostas, de alunos, instituições, e artes mais tradicionais elevadas a categorias reflexivas. Tem sido ainda um local de palestras e formação. Aberto nos dias úteis das 17 às 19h e sábados das 10h30 às 13h, todos são bem-vindos.

De boa saúde e dinâmica, o CCAM, retoma assim uma colaboração, que muito nos apraz, num jornal de referência, pela sua longevidade e resiliência, e que muito desejaríamos mantivesse uma vida longa, no “desfolhar” de páginas, a fazer história.

Luísa Quintela

Presidente do CCAM

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