A instável situação em que se encontra a parte mais antiga do cemitério da freguesia levou a que a autarquia pensasse na realização de obras ao nível do nivelamento das sepulturas e da consistência destas e dos passeios. Nesse sentido, no sábado, dia 29 de fevereiro, no salão polivalente do edifício sede dos órgãos autárquicos, realizou-se uma sessão de esclarecimento direcionada para os titulares de direitos sobre as sepulturas e demais interessados, sobre as condições em que se vão realizar as obras de requalificação da zona designada como “parte antiga”, nomeadamente, os talhões A, B, C e D.
Das intervenções do Sr. presidente da Junta e do empreiteiro, a quem a obra foi adjudicada, bem como das respostas às perguntas que, entretanto, foram formuladas, ficamos a saber que a empreitada consta de três pontos fundamentais: estabilização e nivelamento das campas; revestimento dos passeios e do espaço entre as sepulturas, com pavimento granítico; criação de uma nova rede de drenagem das águas. Estas obras efetuar-se-ão por talhões, sendo que o primeiro a ser sujeito a intervenção será o “C” e que o mesmo ficará concluído antes da realização da Festa das Rosas.
Perante o muito elevado custo da empreitada, cento e sessenta e oito mil, duzentos e vinte e dois euros (168.222,00€), que implicará uma responsabilidade acrescida das partes envolvidas, e crentes da capacidade da empresa contratada para a realização deste género de obras, acreditamos que Vila Franca irá ficar bem servida.
Os cemitérios são, por natureza, locais de particular respeito, o respeito que nos devem merecer aqueles que lá têm a sua última morada. Às vezes, por engano, brincadeira ou puro vandalismo, acontecem coisas que nos deviam envergonhar ou, no mínimo, corar de vergonha.
Vem isto a propósito de atitudes, indignas de pessoas de bem, efetuadas sobre algumas sepulturas do cemitério da freguesia e que muito entristeceram e indignaram os detentores de direitos sobre as mesmas, de entre as quais se salienta a total varredura dos adereços que se encontram sobre a sepultura onde repousam os restos mortais da “Tia São Costa”.
Coisas mais ou menos simples, mas de enorme valor sentimental, colocadas por quem guarda dela e de todos os que se encontram nesta última morada, nomeadamente o nosso amigo e assinante, Fernando Costa, boas recordações.
Às vezes, sem termos a real consciência da realidade dos factos, tomamos atitudes que vão causar enorme tristeza e indignação a terceiros. Seria bom que o peso de consciência, uma reflexão calma e ponderada, levassem os autores desta atitude a repor os ditos adereços no local em que se encontravam.