Na Câmara de Caminha, os vereadores da oposição acusaram a maioria socialista de não articular com os empresários locais a animação programada para os meses de verão naquele concelho do distrito de Viana do Castelo.
“Face ao peso da atividade na economia concelhia, a coligação O concelho em Primeiro mostra a sua preocupação pela inexistência de uma reunião formal entre o presidente do município com os representantes das empresas que trabalham direta ou indiretamente neste setor”, referem os três vereadores da coligação PSD, CDS-PP, Aliança e PPM.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara, Miguel Alves, disse hoje perceber que a “oposição tenha tempo para fazer comunicados todos os dias, mas o município está focado no trabalho que é preciso fazer para continuar a desenvolver o concelho”.
No documento, os vereadores da oposição consideram ser “imperativa a realização de uma reunião entre os membros do executivo, os operadores turísticos locais, as entidades promotoras de eventos, os empresários da restauração, os empresários da hotelaria e os proprietários de alojamentos locais”.
“Só com a apresentação atempada do calendário de atividades, eventos, exposições e demais manifestações culturais, desportivas ou de lazer será possível a toda a massa empresarial do concelho preparar com rigor os meses que se aproximam”, sustentam.
Para a oposição na Câmara de Caminha, “sabendo-se o que irá acontecer será mais fácil para todos criar parcerias entre empresas, aumentar disponibilidades de produtos, conceber ofertas específicas, criar equipas de trabalho, estipular horários entre muitas outras diligências”.
“O calendário deverá ser o mais pormenorizado possível apresentando todas as atividades, tipologias, locais, horários, objetivos, expectativas de público, planos de divulgação e de comunicação, entre outras informações que se considerem relevantes para a comunidade caminhense e o seu tecido empresarial”, defendem.
O presidente da Câmara de Caminha disse registar, “de todo o modo, a evolução do PSD nesta matéria do turismo”, por reconhecer “o crescimento exponencial do número de hóspedes nos últimos oito anos (mais 170%) e dos proveitos de hotelaria (que triplicaram)”.
Miguel Alves acrescentou que, “de certa forma, a dinâmica impressa pela Câmara Municipal, as empresas e os agentes culturais do concelho contribuíram para mudar a visão do PSD sobre o turismo”, a mesma que disse ter “herdado em 2013 e que estava a fazer perder turistas e prestígio a cada ano”.
“Com os números que temos já do primeiro trimestre deste ano, estamos confiantes que 2022 pode vir a ser um dos melhores anos de sempre no setor”, frisou.