António Viana, um vianense que dispensa apresentações, habitual colaborador deste jornal, na sua coluna do Facebook “O que vejo na nossa terra”, enquadrou-o na designação “Viana bate bem”, numa alusão a “Viana bate forte”, que viria logo a seguir. Uma menção feliz, a enquadrar este espetáculo da Orquestra Barroca da Casa da Música, realizado na noite do passado dia 11, na Praça da República.
Neste espaço grandioso que constitui a nossa denominada “Praça de Visitas”, com um público abundante, manifestamente apreciador deste tipo de música, o espetáculo proporcionado foi grandioso, com satisfação evidente de quem a ele assistiu. Obviamente, um espetáculo só pode atingir grandiosidade quando é proporcionado por artistas de valor. E foi isso mesmo que aconteceu. É bem patente a qualidade individual dos músicos que integram esta Orquestra Barroca da Casa da Música, assim como se constata o alto nível de execução atingido coletivamente.
Dmitry Sinkovsky, maestro prestigiado, violinista e contratenor, foi distinto, numa orquestra que prima pela distinção e que brindou Viana com uma sinfonia de dança de Rebel, compositor do Barroco francês; música aquática de Händel; e melodias de Vivaldi.
Segundo a organização, este espetáculo, que vai correr o país de norte a sul (nove concertos nas maiores cidades, com um orçamento “de mais de 500 mil euros”, na base de uma parceria com a Fundação La Caixa), pretende “contribuir para a valorização dos centros históricos e fomentar o gosto pela música mais erudita, derrubando barreiras e conquistando novos públicos”. A Orquestra tem já edição garantida para o ano de 2020. Ainda bem.
GFM