Pais contentes com orçamento municipal

Os pais e encarregados de educação do Agrupamento de Escolas da Abelheira reuniram-se e congratularam-se pelo facto do “município ter feito dotação orçamental para 2023 e anos seguintes que possibilite, finalmente, o arranque das obras” na escola-sede do Agrupamento.

Compete, agora, aos serviços municipais “ter a diligência necessária para que, antes do arranque do próximo ano letivo, esteja concluído todo o processo de adjudicação, implementação dos espaços que albergarão provisoriamente as funções da escola e esvaziamento do edifício a ser intervencionado”, refere nota da Associação.

César Brito, presidente da associação de pais (APEEAEA), dá conta de uma reunião aberta a sócios e não sócios “para fazer o ponto da situação” e “aproveitada a oportunidade da reunião para apresentar um projeto de desporto escolar na modalidade de futsal e prestar esclarecimentos sobre a greve em curso do pessoal docente e não docente”.

Na oportunidade, foi lembrada a “situação de subdimensionamento e degradação do edifício, da falta de condições de segurança e operacionalidade das instalações para cumprir o seu papel, quer no ensino normal quer nas valências de multideficiência e de crianças cegas e de baixa visão”.

Os pais e encarregados de educação estão preocupados com a greve “por tempo indeterminado que tem perturbado o normal quotidiano da comunidade educativa”. Na reunião, os que intervieram manifestaram “compreensão e solidariedade pela luta”. 

“A professora Luísa Novo, em representação da comissão de greve, o subdiretor, Luís Braga, e o adjunto da Direção, Paulo Renato, responderam às questões levantadas pelos pais centradas globalmente nas condições que têm determinado, em cada dia, a abertura ou fecho da escola, na intermitência da greve que a torna tão atípica e de difícil gestão pelas famílias, na gestão de senhas de refeição adquiridas e não consumidas por razões de greve e na recuperação das aprendizagens e regime de faltas quando os alunos já não estão na escola por ter sido aberta depois da hora normal”, observa, ainda, César Brito.

Inscrições  em instituições privadas

Entretanto, surgiu esta semana a notícia de que muitos colégios privados têm as pré-inscrições para o próximo ano letivo quase esgotadas.

O DN avançava que a situação fragilizad a do ensino público devido aos protestos e greves dos professores está a levar a um aumento da procura pelos colégios privados, havendo mais inscrições do que o habitual para o próximo ano letivo.

“Não estão a ocorrer muitas transições [do público para o privado] por nos encontrarmos a metade do ano e haver a preocupação por parte dos pais de não causar uma mudança repentina nos alunos. Mas para o próximo ano letivo, muitos colégios já fecharam as pré-inscrições”, adiantou o diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, Rodrigo Queiroz e Melo.

No mesmo sentido aponta Ricardo Sousa, diretor do Colégio do Minho, com instalações em Viana do Castelo (aulas do 1.º ao 12.º ano) e Monção (do 1.º ao 9.º ano). Assegurou que, desde já, se tem registado um grande número de pais que tem contactado a instituição no sentido de se inteirarem das condições para os seus filhos.

Greves continuam

Por outro lado, depois de logrado mais uma negociação com o Ministério da Educação, continuam as greves de professores, ora por tempo indeterminado, no caso do STOP (Sindicato de Todos os Profissionais de Educação), e à primeira hora da manhã ou noutro período horário, e que, também com a adesão de auxiliares de ação educativa, tem motivado fecho de escolas, como é exemplo o da “Carteado Mena”, em Darque (ler notícia nesta página). 

Entretanto, está a decorrer a greve nacional, por distritos, convocada por oito organizações sindicais: ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU. A greve decorre ao longo de 18 dias úteis, terminando em 08 de fevereiro. 

Em Viana do Castelo ocorrerá no próximo dia 03 de fevereiro, sexta-feira, com concentração de professores de todo o distrito, às 14h30, na Praça da República, conforme nos adiantou Conceição Liquito, da FENPROF, seguida de intervenções de dirigentes sindicais e professores que desejem intervir. 

Todavia, a partir das 8h30, os professores juntar-se-ão à porta das escolas onde estão colocadas, manifestando as suas preocupações. Haverá, ainda, a distribuição de informação, junto da população, sobre as razões da sua luta. A 11 de fevereiro, em Lisboa, terá lugar uma manifestação nacional.

Por sua vez, o STOP  anunciou uma nova manifestação, em Lisboa, para 28 de janeiro, como resposta à convocatória do Ministério da Educação para a definição de serviços mínimos nas escolas. Já esta terça-feira, promoveu uma manifestação, em Valença, com participantes das escolas do distrito.  

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