O antigo Posto da Guarda Fiscal da Amorosa em Chafé, está inserido num programa do concurso para atribuição, em regime de subconcessão dos direitos de exploração turística.
A casa rés do chão, com logradouro cobre uma área com mais de 1 000 m2.
Como é possível, um pobre país como Portugal, além de pedinte, deixar ruir o seu património? Convém saber que, há em Portugal mais de dois milhões de prédios, moradias e património do Estado, em permanente e, em constante ruína. Além disso, como é possível que ninguém reaja?
Se tudo o que é património do Estado é por definição do povo português, neste caso, se o Estado desleixa o seu património e o próprio cidadão não reage, quem serão afinal os culpados das ruínas no país?
Como mostra a imagem, o antigo Posto da Guarda Fiscal Marítima da Amorosa em Chafé, está em total abandono e em acelerada degradação.
O Posto fiscal servia de permanência para seis fiscais e um comandante, de modo a vigiar a orla costeira marítima entre a freguesia de Darque a norte e a foz do Rio Neiva a sul. Também há outro antigo posto Fiscal, abandonado no Cabedelo, em Darque.
Antes do Estado Novo havia, um Posto Fiscal em estrutura de madeira. No mesmo local, em 1950, foi construído em tijolo o último Posto Fiscal Marítimo da Amorosa. Confronta com o términus do Caminho do Mar e a Estrada Velha da Amorosa em paralelepípedos, inaugurada em 1951. O Posto fiscal encerrou a sua atividade em 1993.
A partir daquela data, aquela casa ficou sem quaisquer cuidados pessoais e de preservação ambiental, por esse facto, à mercê da ruína total. Relembrar ainda, que o lugar da Amorosa nasceu em 1911.
Será que o dinheiro que a Europa cedeu a Portugal desde 1986, para se integrar à União Europeia, fez esquecer o património construído pelos nossos antepassados?
O antigo Posto Fiscal, se colocado à venda poderia encontrar comprador.
Pior ainda, é que, não há alma tanto na Câmara Municipal como na Junta de freguesia de Chafé, para decidir algo em defesa do dito, de maneira a manter aquele espaço envolvente em estado limpo e embelezado e sobretudo de modo a evitar uma eventual propagação de incêndio devido à quantidade de silvado.
Portanto, é mais que lamentável ver aquela triste imagem de um património em degradação, além de ser um espelho negro na paisagem da Amorosa antiga, para quem lá passa, visita, vem a banhos e vive.
A bom entendedor …