PCP questiona sobre impactos da produção eólica offshore

O Partido Comunista Português (PCP) anunciou, em comunicado, que “o programa eólico offshore que o Governo anunciou, tal como está, não serve o interesse nacional”. Este grupo acredita que o projeto representa também “um novo e grave ataque às potencialidades da pesca”.

A “Proposta preliminar das áreas espacializadas e dos pontos para a ligação à Rede Nacional de Transporte de Electricidade” prevê a ocupação de três mil quilómetros quadrados na faixa costeira.

“O Governo não promoveu quaisquer estudos sobre o impacto desta atividade na pesca, nem ouviu as preocupações das organizações de pescadores e produtores”, revela fonte do PCP. adiantando que “Portugal, no ano de 2022, viu novamente agravar-se o défice da Balança Comercial da Pesca: cresceu 21,4 mil toneladas, 328 milhões de euros. Ora a pesca não só dá um contributo assinalável para a produção nacional de alimentos como é a atividade central de inúmeras comunidades piscatórias, que devem ser vistas como elementos imprescindíveis para a exploração equilibrada de todos os recursos marítimos. O país precisa do setor da pesca e não pode continuar a financiar a sua destruição, como sistematicamente tem acontecido”.

O Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República requereu a realização de uma audição sobre a avaliação da proposta preliminar de novas áreas de implantação para energias renováveis com as Associações de Profissionais da Pesca de Viana do Castelo e outras regiões atingidas.

“O PCP exige a suspensão do processo em curso e a sua reponderação de modo a assegurar que o aproveitamento do potencial de produção de eletricidade em eólica offshore no espaço marítimo português esteja subordinada ao interesse nacional”, diz em comunicado.

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