Um grupo de três dezenas de pescadores de Viana do Castelo, Afife e Caminha, proprietários de embarcações de pesca local (embarcações de pequena dimensão, até nove metros de comprimento fora-a-fora) mostram-se revoltados com a ausência de informação prestada pelo consórcio que está a proceder à instalação do projeto «Windfloat Atlantic», parque eólico offshore ao largo da costa vianense.
Este grupo de pescadores considera-se os principais afetados pela instalação deste parque eólico.
Nesse sentido e face ao que qualificam ausência de esclarecimentos e informações prestados pelas entidades envolvidas neste projeto foi solicitada por estes pescadores e pelo advogado, Pedro Meira, uma reunião com a máxima urgência, quer com o consórcio, que está a proceder à instalação do parque eólico, quer com a «Vianapesca», cooperativa de produtores de peixe de Viana do Castelo.
“O grupo mais afetado por este projeto são precisamente estes pescadores proprietários de embarcações de pesca local que desconhecem até ao presente momento quais são os termos e as condições de um eventual ressarcimento a que terão direito pelo impacto e danos que este projeto vai causar nas suas vidas e na vida das suas famílias”, refere o advogado.
“Já encetamos diligências no sentido de reunir com com a maior brevidade possível com todas as entidades envolvidas de modo a termos um total e cabal esclarecimento de quais serão as medidas concretas a tomar para a compatibilização da exploração das energias renováveis sem por em causa a exploração piscatória e as comunidades piscatórias”.