Pinus quer “mudar” história do pinheiro-bravo

Em meio século, mais de metade da Floresta de Pinho desapareceu em Portugal. O Centro PINUS, cuja sede se situa na freguesa vianense de Deocriste, acaba de apresentar medidas para reverter esta tendência de decréscimo e cumprir as metas da Estratégia Nacional para as Florestas.

O Centro PINUS é uma associação florestal de Viana do Castelo que se foca na valorização do Pinheiro-Bravo em Portugal, uma espécie autóctone que representa 22% da floresta nacional. De realçar que 81% do emprego deriva da Fileira do Pinho.

Deste modo, o Centro PINUS alerta para a reorganização mais eficaz dos Fundos Europeus de Investimento no setor, na tentativa de reforçar as verbas para o investimento no Pinheiro-Bravo em Portugal.

No distrito de Viana do Castelo existiam em 2017 um total de 329 empresas e 2 177 empregos dependentes do Pinheiro-Bravo, tendo o volume de negócios ascendido a 350 milhões de euros. Em 2015, a área de Pinheiro-Bravo na região era de 24 300 hectares, o que significou uma perda de área de 31% face a 1995. Esta perda de área foi ligeiramente mais acentuada do que a que aconteceu a nível nacional no mesmo período (27%).

Na região de Viana do Castelo a espécie tem elevada importância quer a nível de paisagem, cultura, emprego e economia. Um dos mais relevantes atores industriais da Fileira do Pinho, a DS Smith Paper Viana, ainda conhecida por muitos como Celnorte, situa-se nesta região.

O Centro PINUS propõe assim várias intervenções: reforçar a remuneração dos serviços ambientais fornecidos por esta espécie, apoiar os proprietários florestais em microfúndio e minifúndio; investir na gestão ativa das áreas florestais através de um investimento integrado O impacto das propostas apresentadas pelo Centro PINUS resulta da transição de uma situação generalizada de abandono das áreas florestais para a sua gestão ativa.

O Centro PINUS concebeu e propôs ao Governo, para o futuro quadro de apoio comunitário, ajudas pensadas para baldios e pequenos proprietários, situações muito comuns no distrito.

As prioridades de intervenção para o pinhal-bravo são duas: gerir ativamente a regeneração natural e rearborizar para repor área perdida. Estas prioridades decorrem dos incêndios, que são uma grande influência nos espaços florestais, também em Viana do Castelo.

C. P.

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