Politécnico de Viana do Castelo integra Universidade Europeia com financiamento de 14.5 milhões de euros

A primeira submissão do Politécnico de Viana do Castelo no âmbito do programa europeu das Universidades Europeias foi aprovada na sua totalidade. O consórcio transnacional entre instituições de ensino superior de oito países obteve um financiamento de quase 14.5 milhões de euros, por parte da Comissão Europeia, no âmbito do programa Erasmus+, que lançou o convite à apresentação de candidaturas para financiamento dos projetos desenvolvidos no seio destas alianças, com um orçamento global de 189,2 milhões de euros.

O Politécnico de Viana do Castelo integra, a partir de agora, a iniciativa “Universidades Europeias” e faz parte do consórcio internacional SUNRISE – Smaller (strategic) Universities Network for Regional Innovation and Sustainable Evolution (Rede de Universidades mais pequenas (estratégicas) para a Inovação e a Evolução Sustentável da Região).

O consórcio viu a sua candidatura aprovada na totalidade, com um financiamento de quase 14.5 milhões de euros, verba a ser investida no período de quatro anos. Foi a primeira submissão do IPVC no âmbito das Universidades Europeias. Das 56 candidaturas apresentadas, apenas 14 conseguiram financiamento por parte da Comissão Europeia.

A constituição de Universidades Europeias é uma das grandes iniciativas estratégicas da União Europeia no campo da educação. No total, foram financiadas 64 alianças transfronteiriças de instituições de ensino superior de toda a Europa, sendo 50 selecionadas nas primeiras “call” e 14 nesta última.

A SUNRISE comporta nove instituições de ensino superior, de oito países europeus, com foco nas áreas STEAM – Technische Universität Ilmenau (universidade da Alemanha, que coordena o consórcio), o Politécnico de Viana do Castelo, aLibera Università di Bolzano (Itália), a Wyższa Szkoła Informatyki i Zarządzania w Rzeszowie (Polónia), a Université de technologie de Compiègne  (França), a European University Cyprus (Chipre), a Mälardalens University (Suécia), aUniversità Politecnica delle Marche  (Itália) e a Univerzitet ‘Džemal Bijedić‘ u Mostaru (Bósnia Herzegovina) – de menor dimensão, localizadas em áreas regionais (não metropolitanas), que irão trabalhar em conjunto em prol da educação, da investigação, da inovação e do serviço à comunidade, com enfoque no desenvolvimento, em especial, da região em que estão inseridas.

Para além das nove universidades a SUNRISE conta com quase meia centena de instituições, dos mais diversos setores de atividade, associadas.

Politécnico de Viana do Castelo faz parte de um “campus grande a nível europeu”

O presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, fala de um passo “fundamental” no cumprimento de um dos principais objetivos do Plano Estratégico do Politécnico de Viana do Castelo para o quadriénio 2024/28. “O objetivo deste consórcio é fomentar a economia regional, torná-la mais competitiva e mais atrativa no contexto europeu, através de um trabalho sinérgico, capaz de melhorar as atividades, as formações e os cursos que colocamos ao dispor de todos.”

Os nove parceiros da SUNRISE, por terem caraterísticas similares em termos de dimensão e objetivos, vão poder, a partir de agora e de forma sistemática e organizada, “aproveitar experiências, mas também a investigação desenvolvida, o conhecimento que é produzido em cada uma das instituições e colocá-lo ao serviço de todos os parceiros.”

Carlos Rodrigues fala ainda de uma “candidatura extremamente exigente”, ou não tivesse a SUNRISE sido uma das poucas a receber a totalidade do financiamento proposto. Na Call 2024, lançada pela Comissão Europeia, foram submetidas 56 candidaturas, mas apenas 14 foram financiadas. “Estas nove instituições-parceiras desempenham um papel fundamental na modelação ativa da Tripla Transição da União Europeia, respondendo aos desafios digitais, ecológicos e societais que as sociedades europeias enfrentam”, acrescenta o presidente do IPVC.

Com base nas diferentes experiências, nas especificidades de cada país e instituição de ensino presentes, poderemos – acrescenta Carlos Rodrigues – “ter uma oferta formativa diferenciadora, criar graus conjuntos, fomentar a mobilidade de estudantes, docentes e pessoal não docente. No fundo, passamos a ter agora um campus grande a nível europeu”, salienta o presidente do Politécnico de Viana do Castelo.

O IPVC passa, desta forma, a trabalhar e a cooperar a nível europeu numa estratégia de promoção e valorização da região onde está inserido, no entanto, com uma visão “mais enriquecedora e de partilha, podendo tornar desafios e dificuldades em oportunidades de desenvolvimento.”

O IPVC assume, assim, a internacionalização como uma das suas principais bandeiras, alinhada com a política que já vem sendo defendida pela instituição, de promoção de programas de mobilidade dentro e fora do espaço europeu e de criação de duplas titulações com instituições oriundas, especialmente, de países de Língua Oficial Portuguesa. A SUNRISE vem “reforçar muito o trabalho de internacionalização que o IPVC tem feito, mas também permite ao IPVC outro conforto, porque temos financiamento específico.”

A iniciativa “Universidades Europeias” é fundamental para “concretizar a ambiciosa visão de um Espaço Europeu da Educação inovador, competitivo a nível mundial e atrativo, em plena sinergia com o Espaço Europeu da Investigação e o Espaço Europeu do Ensino Superior, transformando a cooperação institucional entre as instituições de ensino superior e elevando-a a um novo patamar. Mobiliza as quatro missões das instituições de ensino superior: educação, investigação e inovação, e serviço à sociedade.”

Seis eixos de trabalho

A SUNRISE prevê um conjunto de medidas concretas em seis work package, com o objetivo de aumentar o número de programas de estudo flexíveis e inovadores, a mobilidade dos estudantes e percursos de aprendizagem alternativos. Pretendem, ainda, partilhar e melhorar conjuntamente a sua capacidade de investigação para reforçar a sua colaboração em investigação no âmbito das estratégias regionais de investigação e inovação da União Europeia para a especialização inteligente (RIS3).

Juntamente com 48 parceiros associados que atuam como partes interessadas do consórcio, o SUNRISE irá trabalhar num desenvolvimento coletivo de excelência regional distinta que ligue melhor o mundo às regiões SUNRISE e, vice-versa, a diversidade das regiões SUNRISE ao mundo. Desta forma, a SUNRISE irá atuar como construtor de pontes, agente de mudança, facilitador e dinamizador num sentido muito lato.

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