Politécnico de Viana do Castelo reúne investigadores, entidades públicas e privadas para discutir e promover o território

Criar sinergias, partilhar boas-práticas e pensar o futuro do território e da região. Foram estes os objetivos centrais da conferência “NUTRIR o Território | A pensar o futuro do território – Alto Minho”, que reuniu, esta sexta-feira,investigadores, pensadores e decisores de diferentes origens e competências. A iniciativa foi organizada pelo Politécnico de Viana do Castelo através do Núcleo Tecnológico para a Sustentabilidade Agroalimentar (NUTRIR), inserido no CISAS-IPVC – Centro de Investigação e Desenvolvimento em Sistemas Agroalimentares e Sustentabilidade.

O Politécnico de Viana do Castelo promoveu, na sexta-feira, através do NUTRIR – Núcleo Tecnológico para a Sustentabilidade Agroalimentar, inserido no CISAS-IPVC – Centro de Investigação e Desenvolvimento em Sistemas Agroalimentares e Sustentabilidade, a conferência “NUTRIR o Território | A pensar o futuro do território – Alto Minho”, que juntou investigadores nacionais e da Galiza, decisores políticos e diversas entidades públicas e privadas, com o intuito de partilhar boas-práticas focadas em potenciar, promover e desenvolver o território.

O evento reuniu, num só local, em Melgaço, investigadores, pensadores e decisores de diferentes quadrantes, empenhados em criar mecanismos que possam também combater o despovoamento e a desertificação do território, focados na preservação da biodiversidade, do património cultural ou dos bens públicos.

“O IPVC atua no território com uma atitude pró-ativa e de permanente inovação, cooperação e compromisso, centrado no desenvolvimento da região e do país”, defende o presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues

Presente no evento, o presidente do Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), Carlos Rodrigues, classificou a conferência “NUTRIR o Território | A pensar o futuro do território – Alto Minho” como uma iniciativa que contribui para “o desenvolvimento do território”. O NUTRIR-IPVC, acrescentou Carlos Rodrigues, “vai de encontro à missão do IPVC, que atua no território com uma atitude pró-ativa e de permanente inovação, cooperação e compromisso, centrado no desenvolvimento da região e do país.”

Aproveitando a presença de António Cunha, presidente da CCDRN, Carlos Rodrigues alertou para a necessidade e para a importância de haver “infraestruturas tecnológicas que permitam o desenvolvimento” de trabalho como aquele que tem sido feito pela equipa de investigadores do CISAS-IPVC. Um trabalho, classificou Carlos Rodrigues, “crucial para o aumento da intensidade tecnológica, da capacidade empreendedora e do crescimento económico do país e de territórios específicos como o nosso.”

Já Nuno Vieira e Brito, docente e coordenador do NUTRIR-IPVC, destacou o papel que o Politécnico de Viana do Castelo tem assumido no território enquanto facilitador e promotor de conhecimento científico: “O trabalho que o IPVC tem feito na criação de redes e pontes com entidades, empresas e decisores é fundamental. E são redes cada vez mais internacionais.” Na prática, acrescentou Nuno Vieira e Brito, o objetivo é “aproveitar o conhecimento científico que é produzido no Politécnico de Viana do Castelo e nas outras instituições de ensino superior para, em articulação com quem está no terreno, que são as empresas e as entidades, fazer a promoção e a salvaguarda daquilo que são as características distintivas da região.”

“O NUTRIR-IPVC é uma vantagem e uma necessidade absoluta para o território”, afirma Manoel Batista, presidente da Câmara Municipal de Melgaço

Anfitrião da conferência, que decorreu nas Termas do Peso, em Melgaço, o presidente da Câmara Municipal e presidente da CIM do Alto Minho, Manoel Batista, referiu-se ao NUTRIR-IPVC como uma “vantagem e uma necessidade absoluta” para o território e para colocar em destaque “a riqueza extraordinária da região” em áreas estruturantes como é o vinho e a vinha, a criação de gado da montanha ou a componente vegetal/paisagem. “É importante olharmos para o valor do território, que é enorme, e sermos capazes de lhe dar ainda mais valor. Um valor que cria economia e qualidade de vida para quem cá vive e trabalha, contribuindo para a atratividade do território que, se não fossem projetos como o NUTRIR-IPVC, ficaria completamente abandonado.”

Através do NUTRIR-IPVC, exemplificou Manoel batista, “foi já possível demonstrar às entidades ligada ao setor têxtil que existe na região elementos naturais que podem ser fundamentais para o desenvolvimento do país. Há aqui, na região, produtos naturais que são mais baratos e que são nossos, que têm imensa qualidade e que podem servir a nossa indústria. Numa parceria entre o NUTRIR-IPVC e o Município, foi também possível colocar no terreno um projeto de apoio à produção de gado.”

Crucial para o desenvolvimento do território é, defenderam os intervenientes, a articulação com a investigação e o trabalho que tem sido desenvolvido no norte de Espanha. A conferência “NUTRIR o Território | A pensar o futuro do território – Alto Minho” contou, por exemplo, com a presença do pró-reitor da Universidade de Vigo, Javier Rodriguez, que reiterou a importância de um trabalho em rede “vital para a preservação das mais-valias do território.” A troca de experiências e as colaborações “multiplicam e atuam, sobretudo, em dois âmbitos importantíssimos, como é a agricultura e a alimentação. São áreas onde é acrescentado valor económico e social ao território. Por isso, esta conferência tem um papel fundamental, porque permite à comunidade, empresas e outras entidades conhecer o que é academicamente desenvolvido e que pode ser colocado à disposição.”

A conferência contou, ainda, com a presença de elementos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, do Politécnico da Guarda e da Universidade de Santiago de Compostela.

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