Por Amor à Amorosa

São milhares os veraneantes que anualmente acorrem a banhos à estância da Amorosa, em Chafé, na intenção de desfrutarem do melhor que o natural do mar oceânico proporciona ao bem-estar do ser humano.

O lugar da Amorosa à beira mar plantado, em dias sem nortada, diga-se, é por natureza um excelente espaço aprazível e muito saudável onde se respira a brisa purificada recheada de iodo, pisando a suave areia prateada.

Por Amor à Amorosa, até então, o executivo camarário ainda não se inclinou, num sentimento deveras notório, para na geograficamente terra situada na orla marítima a sul do rio Lima, a aplicar concretas infraestruturas, requalificando o prometido há anos. Relembrando que, o aporte taxativo que anualmente Chafé reverte à Câmara Municipal, ronda o milhão de euros.

Na área da Amorosa antiga foram investidos muitas centenas de milhares de euros na proteção dunar com geocilindros e em passadiços, porém, sem prazo de garantia afirmados no respetivo material aplicado, no entanto, os acessos à praia continuam deteriorados sem a devida manutenção, dificultando o acesso ao areal.

Além disso, finalizados os trabalhos da dita proteção dunar, restam à vista de quem lá passa as inestéticas ruínas das antigas casas construídas sobre as dunas. Tanto a Câmara Municipal, como a APA -Agência da Proteção do Ambiente, a Junta da Freguesia e os proprietários deveriam decidir embelezar aquela área, e prever a instalação de um eventual parque de estacionamento para autocarros, tudo a pensar nos grupos escolares que vêm a banhos, no período de férias. Sem esquecer também, a pretendida recuperação do antigo posto da guarda-fiscal marítima que se encontra em avançado estado de degradação, construído nos anos 40 do século passado.

Na parte noroeste da urbanização, foram renovados centenas de metros lineares de passadiços, em madeira. Foi instalado há anos um bar na duna, porém, hoje, permanece encerrado, um facto que, apresenta-se como um mono a poluir o ambiente verde da paisagem, desrespeitando a beleza natural.

Por Amor à Amorosa, vamos então, conscientemente mimar a paisagem amorosina, de modo a que tudo o que for construído se mantenha digno para sempre, sem que mais tarde seja abandonado e tenha de ser demolido.

Quanto ao risco de extinção da rola comum, streptopelia turtur, na época venatória 2021/2022 as associações ambientalistas saudaram a decisão governamental no âmbito da Diretiva Aves 2009/147/CE, fundamentando a proibição da caça à rola.

Apesar da dita diretiva, em Chafé as raras rolas começaram a ser dizimadas a partir das sete até depois das 13 horas, no dia 15 de agosto. Proteger a fauna é respeitar a natureza.

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