Portugal regista mais de 100 mortes por afogamento este ano

Desde janeiro deste ano que foram registadas mais de 100 mortes por afogamento, registando-se um novo máximo nos últimos cinco anos. O mês de agosto soma 23 óbitos, segundo os dados da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores.

De acordo com os números do Observatório do Afogamento da federação divulgados em comunicado, as 23 mortes de agosto bateram o máximo mensal de mortes em meio aquático em Portugal dos últimos cinco anos. O mês de julho de 2020 era aquele em que, neste período, tinham sido registadas mais mortes – 21.

O número de mortes deste ano, que ainda falta contabilizar um quadrimestre, está entre os 111.

Em declarações à Lusa, Alexandre Tadeia, da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores, referiu poder atribuir-se o aumento das mortes registadas com a “falta de cultura das pessoas na relação com o meio aquático”.

“Por um lado, achamos que as pessoas não sabem identificar os riscos, não sabem o que é um agueiro, os perigos das ondas, que um corpo flutua menos em água doce. Nada disto é ensinado nas escolas e deveria. E, por outro, o período pós-pandemia levou a uma maior procura (das zonas balneares)”, frisou.

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