Postal de Natal

Os sinais que vemos por estes dias não enganam: o Natal está próximo. Paz e amor são palavras repetidamente ouvidas e que não cansam, pois o cenário que nos envolve oferece-nos verdadeiras sementes de esperança, com testemunhos a que a quadra festiva sempre convida. De tão bela que é a sua comemoração que muitas vezes dizemos que deve ser Natal todo o ano. E se as atitudes para isso não correspondem à forma de ser e estar de muitos, que seja assumida e interiorizada, senão por todos, pelo menos por muitos cristãos. Aliás, diz Francisco que «o cristão é um missionário de esperança». Mas se é um encanto ver a generalização dos bons atos, também não deixa de ser uma frustração verificar que, demasiado depressa, quase tudo se desvanece e vai desaguar nas instituições. E ainda bem que estas existem, pois é nelas e através delas que muitos encarnam a mensagem natalícia e se colocam a caminho, doando-se no serviço aos demais.

Um dos bons exemplos, verdadeiro postal de Natal, foi dado pela Companhia de Guias de Santa Marta de Portuzelo, na “Missão Cabo Verde”. São ricos os seus testemunhos, e não resistimos a revelar alguns extratos de um deles, neste caso recolhido da Andreia Sousa. “Missão” tinha sido o mote do anterior ano guidista, pelo que, diz a Andreia: «sentimos necessidade de sair um ‘bocado da caixa’ e ir mais longe um pouco. Nunca tinha vivido de tão perto uma experiência tão diferente daquela que estou habituada a ver. Uma cidadã universal tem de se adaptar às circunstâncias mas não foi, de todo, tarefa fácil… Vimos de tudo… um lado muito lindo mas outro tão diferente que parecia já outro mundo». Foca realidades que a levam a afirmar: «É difícil  ver como é possível viver daquela forma. Nós com tanto e ainda passamos reclamando do ‘pouco’ que temos. Mas o pouco nosso é o nada deles. Crianças que não tinham de comer ainda davam o pouco que tinham… Vale a pena arriscar. Com esta experiência cresci e aprendi que tenho de dar mais atenção aos outros, a poder fazer a diferença, ainda que por muito pequena que seja. Aprendi também que há sempre uma solução para tudo, por mais difícil que seja de a encontrar e, por essa razão, não precisamos tanto de nos preocupar mas sim aprender a viver o momento.»   

Movimento Caridade

No dia 10 faz 50 anos que nasceu o “Pinheirinho”, símbolo da boa vontade e generosidade dos santamartenses, que na época de Natal contribuem com donativos em dinheiro e/ou em géneros para melhorar a mesa das famílias mais carenciadas. 

O “Pinheirinho” foi uma inteligente e oportuna sugestão do Sr. António Novo, baseada nos atos de caridade então praticados pelo antigo reitor P.e Agostinho de Brito. A adesão à volta do símbolo foi crescendo, ao ponto de se constituir o grupo dos “Amigos do Pinheirinho”. Mas a mesa pede algo todos os dias do ano, pelo que os objetivos do “Pinheirinho” foram assumidos pelo Movimento de Caridade Cristã, organização da pastoral socio-caritativa da paróquia, que fez dos “Amigos do Pinheirinho” benfeitores do movimento, sempre aberto a novas adesões. Os objetivos, tal como os problemas, são os mesmos; a atuação sustenta-se na discrição e gratuidade. E assim se vai procurando fazer com que a mesa de algumas famílias se vá compondo todo o ano, fruto do apoio, não só dos paroquianos, mas também de outras instituições, designadamente, Segurança Social, Banco Alimentar, Câmara Municipal, Junta de Freguesia e empresas. 

Às 18h30 será celebrada Missa de Ação de Graças por benfeitores e membros do Movimento de Caridade Cristã e, às 21h30, na igreja paroquial, decorrera o espetáculo “Natal Solidário – Amigos do Pinheirinho”, com algumas surpresas e participação das crianças da catequese. 

O “bilhete” é um bem de primeira necessidade, que vai melhorar o cabaz de Natal.  

Presépios

Prossegue a feliz iniciativa da construção dos presépios, por lugar. Em face da boa aceitação no ano anterior, em que foi superado o principal objetivo a que se propusera a Junta de Freguesia de Santa Marta de Portuzelo, na angariação de bens, este ano, no âmbito da CSIF-Santa Marta de Portuzelo, Cardielos e Serreleis, estas quiseram aderir à iniciativa, com os mesmos propósitos. 

Alguns são autênticas obras de arte, mas o mais importante é que as pessoas façam “A rota dos Presépios”, a pé ou de bicicleta, solicitando-se que depositem na ‘Caixa Solidária’ um bem de primeira necessidade para ser entregue às instituições que assistem as famílias mais carenciadas.  

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