Preço das telecomunicações sobe mais de 4% em maio

O preço das telecomunicações subiu 4,2% em maio, em comparação com o mesmo mês de 2022, mas manteve-se face a abril, indicou hoje a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

“Em maio de 2023, os preços das telecomunicações, medidos através do respetivo grupo do Índice de Preços de Consumidor (IPC), não se alteraram face ao mês anterior. Em comparação com o mês homólogo do ano anterior, os preços aumentaram 4,2%”, indicou, em comunicado, a Anacom.

A variação homóloga dos preços foi 0,2 pontos percentuais superior ao valor do IPC (4%).

Por sua vez, a taxa de variação média dos preços das telecomunicações no último ano foi de 2,2%, menos seis pontos percentuais (p.p.) face à registada pelo IPC (8,2%).

Segundo os dados do Eurostat (gabinete de estatísticas da União Europeia), citados pelo regulador, as taxas de variação média dos últimos 12 meses foram de, respetivamente, 3,9% e 0,9% nos serviços em pacote e nos serviços telefónicos móveis.

“Em maio de 2023, a taxa de variação média dos últimos 12 meses dos preços das telecomunicações em Portugal foi superior à verificada na União Europeia (+1,8 p.p.)”, destacou.

Portugal tem 10.ª variação de preços mais elevada entre os países da União Europeia, sendo que o país onde ocorreu o maior aumento de preços foi na Polónia (+6,5%), enquanto a maior descida verificou-se nos Países Baixos (-3,6%).

Desde o final de 2010, os preços das telecomunicações aumentaram 17,2%, enquanto o IPC cresceu 24,3%.

“Entre 2015 e 2019, a variação acumulada dos preços das telecomunicações foi superior à variação acumulada do IPC devido aos ‘ajustamentos de preços’ efetuados pelos principais prestadores”, esclareceu.

Já em 2019, a diminuição da diferença entre os dois índices é justificada pela entrada em vigor de um regulamento europeu que impôs máximos às chamadas e SMS internacionais intra-UE.

Entre o final de 2009 e maio de 2023, os preços das telecomunicações em Portugal avançaram 15,1%, enquanto o valor médio na União Europeia recuou 7,9%.

O regulador apontou ainda que as mensalidades mínimas são oferecidas pela Nowo em oito de 13 serviços/ofertas considerados.

A Meo e a Vodafone, por seu turno, apresentavam as mensalidades mais baixas para, respetivamente, quatro e dois tipos de serviço/ofertas.

A NOS tinha a mensalidade mais baixa em um serviço/oferta.

De acordo com a mesma nota, em termos homólogos, 32 serviços/ofertas tiveram aumentos e seis desceram.

Entre as subidas destaca-se, por exemplo, a mensalidade mínima das TVS a aumentar 7,6%, “devido à descontinuação das ofertas de TVS single play da NOS” e a mensalidade mínima da oferta 5P (pacote que inclui cinco serviços) a crescer 6,3% com o aumento da mensalidade da oferta Fibra 4 light da Vodafone em fevereiro.

“Em relação ao mês homólogo do ano anterior, e por prestador, a Meo aumentou a mensalidade de sete serviços/ofertas, enquanto a NOS aumentou a mensalidade de dez serviços/ofertas. Por sua vez, a Vodafone aumentou a mensalidade mínima em todos os 13 serviços/ofertas considerados. A Nowo diminuiu a mensalidade de seis serviços/ofertas (aumento do valor do desconto durante os primeiros seis meses da oferta da Nowo) e aumentou a mensalidade em dois serviços/ofertas”, indicou.

 Lusa

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