Procissão de velas

No próximo dia 12 de maio, vai realizar-se a tradicional procissão de velas desde a igreja paroquial até à capelinha da Senhora do Socorro.

Esta capelinha foi erigida em 1606 no lugar do Socorro junto ao caminho que seguia para Chafé, tendo sido transferida muitos anos depois, em carro de bois com as pedras numeradas uma a uma, para o local, onde hoje se encontra erigida no lugar da Cavagem junto à estrada camarária de acesso a Alvarães e ao Armazém do Sal.

Esta capelinha nos seus tempos áureos era um local de culto muito concorrido em que os seus administradores pugnavam pela sua conservação. De realçar que a família Tourinho estava muito ligada a toda a dinâmica da Capelinha. 

Pelos anos de 1700 faziam-se festas com grande pompa com missa solene e procissão em que participava o pároco da freguesia de Anha.

Com o decorrer dos anos a capelinha passou por muitas vicissitudes, mas na atualidade mantém-se viva e todos os anos aqui se juntam muitas pessoas que se incorporam, nomeadamente elementos da comissão de festas anuais em honra de S. Martinho devidamente vestidos, grupo de jovens na procissão de velas no dia 12 de maio e no dia das festas anuais em honra de São Martinho, com archotes que muito embelezam a procissão. No percurso Ana Marques e outros devotos lançam pétalas de flores no andor da Senhora de Fátima numa atitude brilhante e emocionante. 

Na capelinha é pronunciado por um orador sacro um sermão evocativo à Senhora de Fátima.

Ao Sr. padre Gaudêncio que introduziu esta cerimónia, no dia 12 de maio, e que ao longo de 40 anos se mantém sempre viva com muitos participantes, os nossos parabéns. Felizmente vamos voltar a poder conviver e estamos certos que vai voltar a ter a participação de muito povo na procissão.

Recordamos que em 1998 houve festa com a cerimónia de bodas de ouro do casal Maria Gertrudes e o Comandante da TAP Miguel Sousa Ferreira, oriundo da casa mãe onde se situa a capelinha, que celebrou 80 anos de vida, sendo um grande amigo de Vila Fria, terra que nunca esqueceu.

Recordo-me que quando era criança, estava ele na Força Aérea, e por vezes vinha fazer piruetas por cima da casa dos pais no lugar da Cavagem, com os aviões que pilotava.

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