Professores em greve manifestam-se

Foi na tarde do último sábado que perto de 300  professores do distrito de Viana do Castelo se manifestaram no centro histórico da capital de distrito, visando melhorias nas condições de trabalho. A iniciativa foi do STOP – Sindicato de Todos Os Professores.

Incluída numa série de concentrações que este sindicato convocou, para a mesma altura, nas capitais de distrito e enquadra-se na greve por “tempo indeterminado” convocada em dezembro por aquele que é o sindicato de professores mais recente no país.

A greve abrange docentes e não docentes e foi apresentada com desideratos mais vastos que a discussão de questões salariais e de concursos. Assim, reivindicam a recuperação de tempo de serviço, melhoria de salários, mais recursos para apoio aos alunos, mais professores, problemas que consideram de injustiça nos processos de avaliação e progressão na carreira dos docentes e não docentes (SIADAP), entre outros.

A marcha, entre o Passeio das Mordomas e a Praça da República, decorreu mesmo com tempo de chuva e incluiu a presença de professores de todos os sete agrupamentos do concelho de Viana do Castelo e da maioria dos restantes do Alto Minho.

Entretanto, o STOP tem pré-avisos em curso, para docentes e não docentes, durante o mês de janeiro. Há casos em que as escolas chegam a fechar, mas também, em grande parte dos dias, com greves (parciais) apenas ao primeiro tempo.

No próximo sábado, dia 14, vai decorrer uma manifestação nacional de professores em Lisboa, na sequência de uma outra, ocorrida em dezembro.

Entretanto, as greves previstas para o recomeço do período letivo estão a deixar pais e diretores “à beira de um ataque de nervos“, como admitiu Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), que pediu ao Governo que negoceie com os sindicatos de professores o mais rápido possível.  Já esta terça-feira, o Ministério da Educação convocou 12 organizações sindicais de professores para uma ronda negocial, que só estava prevista para final do mês e foi antecipada para próximos os dias 18 e 20.

Entretanto, nos casos mais difíceis, haverá já pais com faltas injustificadas ao trabalho para conseguirem ficar com os filhos mais pequenos.   

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