Provedor da Santa Casa de Melgaço fala de “criminoso” abandono

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço condenou o abandono da médica, que prestava serviços naquele espaço, referindo que atualmente contam apenas com um enfermeiro.

“A médica que nos está a apoiar nesta fase presta também serviços no Centro de Saúde de Melgaço (que se encontra em serviços mínimos) e no COVID de Viana do Castelo. Hoje mesmo [ontem, 10 de abril] fomos informados pela médica que lhe havia sido transmitido pelos superiores hierárquicos, de que não podia continuar a prestar serviços presenciais no nosso Lar, por haver infetados”, escreve o provedor na carta enviada ao Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM).

A missa aponta ainda que “desta forma, a partir deste momento, a nossa equipa de saúde resume-se a uma enfermeira. Os representantes do Ministério da Saúde, não recebem os nossos doentes, apesar de reunirem os critérios definidos nos protocolos, obrigando-os a ficar aos cuidados do Lar, devolvem os doentes positivos para covid-19 e ao mesmo tempo proíbem a médica de prestar serviço no Lar porque tem doentes infectados. Classificamos este comportamento da saúde de criminoso, abandonando as pessoas, utentes e colaboradores à sua sorte, não dando o apoio a que estão obrigados e usando de mecanismos inaceitáveis para nos retirar os nossos profissionais da saúde”.

O provedor considerava “criminoso” o abandono da assistência aos utentes e colaboradores da instituição. E dava ainda conta da recusa do INEM em transportar doentes.

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