PS acusa Governo de “atropelo ao direito a médico de família no Alto Minho”

A concelhia do PS de Arcos de Valdevez acusou esta quinta-feira o Governo de “um total atropelo ao direito a médico de família no Alto Minho” por ter aberto, no último concurso nacional, apenas uma vaga para a região.

“Trata-se de um total atropelo ao direito a médico de família no Alto Minho, que sempre foi garantido a virtualmente 100% da população nas últimas décadas. Porque felizmente, este território tem sempre candidatos para as vagas que abre. Nunca ficam vagas vazias em concurso”, refere o presidente da concelhia do PS de Arcos de Valdevez.

Em comunicado enviado à agência Lusa, João Braga Simões, que é também vereador na Câmara de Arcos de Valdevez, acrescenta que “o mapa de vagas a concurso para a colocação de médicos de família a nível nacional, publicado em Diário da República (DR)a 26 de dezembro último, abre apenas uma vaga em Valença, depois terem sido identificadas necessidades de pelo menos seis ou sete médicos no Alto Minho”.

Curiosamente, trata-se da terra [Valença] do chefe de gabinete da ministra da Saúde, ex-presidente de câmara pelo PSD, Jorge Mendes. Para os restantes milhares de utentes do distrito sem médico espera-os um calvário de meses, pelo menos mais seis, até ao próximo concurso abrir, em meados de 2025 para eventualmente, se forem abertas as vagas necessárias, cobrir as falhas de médico no distrito”.

No despacho publicado em DR, e consultado esta quinta-feira pela Lusa, consta a colocação de um médico na Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP) de Valença e 10 especialistas, dos quais em doenças infecciosas (4), medicina do trabalho (2), medicina interna (1), psiquiatria (2) e psiquiatria da infância e da adolescência (1) na Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM).

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