Requalificação do rio de Fornelos, lavadouros, …

A União de Freguesias de Santa Maria Maior, Monserrate e Meadela tem em curso as obras de requalificação do rio de Fornelos, lavadouro e fonte, popularmente conhecido como rio de Fornelos, situado em zona anexa à Travessa de Fornelos. 

Estas importantes obras contemplam, entre outros, a execução de uma nova estrutura da cobertura da zona dos lavadouros e requalificação/preservação dos lavadouros, fonte e arranjo dos muros envolventes.

Ao que apuramos junto de fonte da autarquia, numa fase posterior, será melhorado o acesso desde a Travessa da Folgana ao rio, criando uma espécie de passadeira, para facilitar o acesso em tempo de inverno, em que o logradouro se torna relativamente pantanoso e dificulta o acesso das pessoas.

Esta intervenção da autarquia vem ao encontro da necessidade de preservação destes legados locais com história, que fazem parte da nossa memória coletiva que importa preservar, honrando a memória dos nossos antepassados e legando-os aos vindouros.

Um pouco da história  

Falar deste rio e fonte de Fornelos impele-nos a relatar um pouco da sua história, pois trata-se de um rio e fonte com uma história de séculos de existência, utilizado por várias gerações de meadelenses que ali lavavam as suas roupas e da nobreza de então. 

Crê-se que a sua origem é de tempo imemorial, pois o que sabemos é o referido no livro “Meadela Histórica” do historiador Almeida Fernandes editado em outubro de 1994 pela paróquia da Meadela, que refere que  o então designado “lavadouro da roupa da igreja de Santa Cristina da Meadela”, sito no termo da notável Vila de Viana – rio que fica junto à fonte, é referido no livro “Tombo novo” que a 06 de novembro de 1743, o Dr. João de Barros Lima, abade de Santa Cristina da Meadela, entre os anos 1721-1770, considerando suposto que sua igreja não fosse dona das propriedades requereu que as confrontantes com o rio/lavadouro, fossem medidas e metidas neste “Tombo Novo de 1743” para não se escurecer a memória delas, isto porque segundo Almeida Fernandes, a leitura do tombo velho, em 1743, já se encontrava de difícil leitura em algumas partes.

Almeida Fernandes refere no seu livro, que dos haveres primitivos da igreja não existem notícias a não ser as da Inquisição do ano de 1258.

Hoje, a propósito das obras em curso no rio de Fornelos, falamos de um pouco da história do património da freguesia, noutras oportunidades, procuraremos levar ao conhecimento dos nossos leitores, outras curiosidades relacionadas com outro património, que tem resistido ao longo dos séculos, graças à intervenção de boas vontades ao longo dos tempos.   

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