A Ronda Típica da Meadela, fundada em 24 de julho de 1960, pelo etnógrafo José Figueiras, apresentou-se em público pela primeira vez, num serão de arte poética Luso-Galaica, organizado pela Comissão de Festas da sua freguesia.
Teve a seu cargo, como simples “tocata” um fundo musical de recitais de autores minhotos, de puro sabor local, composta por quatro elementos (Adriano Moreira, Adriano Silva, Henrique Figueiras e Lucínio Trigueiros).
A evolução foi rápida, e logo a direção resolveu acompanhar o trabalho de divulgação regionalista que a Ronda vinha tomando de entusiasmo por todo o país.
Cerca de dois anos depois, recebe o primeiro convite francês para festejar a data comemorativa da Tomada da Bastilha, que haveria de ser o começo de ação em vários outros locais, também situados em França, bem como Espanha, Suíça, Bélgica, Alemanha, Áustria, Mónaco, Turquia, Itália e festivais nacionais e internacionais, numa sucessão de êxitos, que continua e conserva.
Toda a riquíssima variedade do indumento do Alto Minho é apresentada por este agrupamento regional, cujas danças têm o sabor castiço dos bailados de Viana, e, os seus cantares recordam-nos o ambiente festivo dos serões, das malhadas, das sachas e das vindimas que amenizam o peso das tarefas por terras limianas.
Desde 1994, tem vindo a apresentar novas iniciativas que têm dado alegria às noites de inverno da Meadela, terminando num Encontro de Janeiras que reúne os mais representativos grupos.
Mais tarde, reativou as Jornadas de Cultura Popular de Viana do Castelo onde se analisa os usos em memória e o fator social que rege o ser humano nas mais variadas situações.
E numa vontade de associar as pessoas da Meadela numa festa popular, surge a Festa de S. Miguel e das Colheitas, venerando o dia do santo com uma expressão religiosa e de puro divertimento.
A colaboração com a Comissão de Festas da Meadela tem estado no topo das intenções culturais da Ronda que, apesar das dificuldades, vai dando o melhor contributo.
Este ano, mercê da paragem obrigatória e no sentido de ser fiel aos compromissos que assumiu, deslocou-se até Custóias, onde confraternizou com o Grupo Folclórico S. Tiago e elementos do Rancho Típico de S. Mamede de Infesta, os dois de Matosinhos. Mais um ano de existência e mais um ano de trabalho no campo etnográfico.
Ficou, assim, assinalado o dia 24 de julho, dia da padroeira da Meadela, Santa Cristina e a data de fundação da Ronda num festival habitual por esta altura do ano.
Venham mais com a vontade de partilhar alegria, companheirismo e a certeza de que nos vestimos de orgulho nesta quadra, afirmando sempre o intuito de fazer mais e melhor.
O dia 24 de julho (domingo), dia do aniversário da Ronda é também o dia Litúrgico de Santa Cristina Padroeira da Meadela, pelo que às 10h30 foi celebrada uma Eucaristia Solene, em louvor de Santa Cristina, tendo sido referido e saudado o aniversário da Ronda na homilia, pelo presidente da celebração o nosso pároco Monsenhor Vilar, que recordou estar a Ronda Típica a celebrar o seu 62.º aniversário, a quem desejou continuem a espalhar as nossas tradições folclóricas pelo país e estrangeiro, levando o nome da Meadela e de Viana do Castelo, espelhado nos seus trajes, danças e cantigas. No final da Eucaristia cantaram-se os parabéns a você à Ronda Típica.