A paróquia de Alvarães viveu o dia do padroeiro, S. Miguel Arcanjo, de um modo diferente dos anos anteriores com atividades promovidas pela Comissão de Festa de Santa Cruz e da Confraria que dá expressão a esta solenidade.
Para além da celebração eucarística vivenciada no seu dia litúrgico, dia 29 de setembro, com a igreja Matriz cheia de fiéis, o templo estava diferente, cheirava a natureza campestre e os altares apresentavam-se com arranjos florais, não de flores, mas de frutos colhidos nos quintais e campos da freguesia.
O coral de S. José, dirigido pelo maestro António Araújo, deu mais vida a esta solenidade do nosso padroeiro.
Era a festa das colheitas e as zeladoras dos altares, todas elas fizeram uso das suas capacidades artísticas e presentearam-nos com arranjos, composições de frutos variados colhidos nos nossos campos. Obras de arte admirados por milhares de olhares. Muitas abóboras, de vários tamanhos e feitios, espigas de milho, uvas, cebolas, maçãs, alhos, kiwis, pimentos de muitas variedades e outras qualidades de fruta.
No domingo, dia 02 de outubro, houve procissão solene, que percorreu o Centro Cívico da vila, com o andor de S. Miguel adornado e coberto de frutos num tributo ao padroeiro que proporcionou bom ano agrícola.
A abrir o cortejo, a Fanfarra dos Escuteiros, depois as Confrarias, o Rancho Folclórico, “anjinhos” e sob o pálio o sacerdote, o padre Domingos Meira, que pela primeira vez presidiu a tal celebração.
Foi um ato de amor e de gratidão de uma sociedade (ainda) agrária que sabe reconhecer perante o divino as graças das boas sementeiras e das boas colheitas.
Este chão sagrado que nos alegra!
Alvarães é uma paróquia muito antiga e tem o arcanjo S. Miguel como seu protetor desde tempos imemoriais, como o comprovam as “Inquirições de 1280 que falam expressamente da freguesia de S. Miguel de Alvarais” (De Sancto Michaele d’Alvaraes).