Sapadores florestais reuniram-se em Caminha

Vinte e sete equipas de sapadores florestais do Alto Minho estiveram reunidos em caminha na última sexta-feira. O ministro do Ambiente esteve presente e manifestou “total sintonia” do Governo com os municípios.

O Encontro Distrital de Sapadores Florestais do Alto Minho decorreu no Miradouro de Nª Senhora das Neves, em Dem, e o autarca caminhante aproveitou a presença do governante para falar dos vários desafios. Miguel Alves elencou o investimento no ciclo urbano da água, assim como no saneamento; na diminuição das perdas de água na rede; criação da área de paisagem protegida da Serra d’Arga; consolidação e reforço da orla costeira; defesa da biodiversidade e travessia do Rio Minho baseada em embarcações movidas a energias renováveis. O autarca socialista defendeu também o reconhecimento da carreira dos Sapadores Florestais e a valorização dos seus salários.

Sobre o papel dos Sapadores, Miguel Alves destacou o papel na vigilância, mas também, muitas vezes, como primeira força de combate quando os fogos acontecem. Atuam, segundo o autarca, em três ocasiões, no inverno, prevenindo e limpando os terrenos; quando há calor, mas ainda não existem incêndios, vigiando e gerindo a mata, e quando mesmo assim há fogo.

O presidente mostrou-se preocupado com o verão que se aproxima, lembrando que este ano, no Alto Minho, já aconteceram mais incêndios (376, que consumiram 2.179 hectares) do que durante todo o ano de 2021. Recordou que o Alto Minho tem poucos bombeiros, face à média do país, e apelou aos baldios e a todos os cidadãos, para que, no ano difícil de 2022, o fogo não possa ser devastador.

O ministro e a comitiva visitaram também o Baldio de Riba de Âncora, observando a plantação de castanheiros (15 hectares em projeto), com 1.400 castanheiros já plantados. Trata-se de uma área vedada com o objetivo de proteção à produção dos castanheiros (vandalismo e animais selvagens). O Baldio pratica a gestão de combustíveis com recurso a pastorícia com ovelhas (20 no momento, mas serão 40 no total) e cabras bravas (50). De referir que a rede utilizada na vedação é a primeira a ser aplicada em Portugal com acompanhamento da empresa produtora.

O espaço da vedado vai ser também habitat natural do coelho bravo, perdiz e faisão em colaboração com as associações de caçadores locais. A energia utilizada na exploração é de fonte renovável (solar) seis painéis solares já colocados que alimentarão toda a exploração.

Existe também sistema de videovigilância 24 horas, em tempo real diurna e noturna com câmaras de infravermelhos, sendo também um auxílio á vigilância com principal incidência na época critica para a ocorrência de incêndios florestais.

Será feito também um parque de visitas para as escolas e público em geral, podendo estes estar em contacto com a natureza e os animais em simultâneo. Este espaço será uma fonte de rendimento para o baldio, permitindo ter acesso a subsídios dos animais e do souto. Tem com objetivo também visitas turísticas.

“Subscrevo também todos os desafios”, sublinhou Duarte Cordeiro. O governante recordou que os Sapadores Florestais foram criados em 1999, pelo então Governo liderado por António Guterres, e pelo seu ministro Capoulas Santos. Hoje existem mais de quatro centenas de equipas e o ministro revelou que, ainda este ano serão abertos concursos para criação de mais equipas, mostrando-se também sensível à questão das carreiras.

“O Estado reconhece o papel muito relevante dos Sapadores (…) tenho consciência da sua importância e do trabalho que desenvolvem 365 dias por ano”, frisou Duarte Cordeiro.

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