Amanhã, sábado, dia 26, às 22h, o Teatro Diogo Bernardes recebe a cantora natural dos Estados Unidos da América, que vive atualmente em Paris, Sarah Mccoy.
A cantora está em tour internacional de apresentação do álbum “Blood Siren”, editado em janeiro deste ano pela Blue Note – a produção ficou a cargo de Renaud Letang (Feist, Manu Chao, Charlotte Gainsbourg, Jane Birkin, Mocky) e do conceituado pianista canadiano Chilly Gonzales, com quem a diva americana se cruzou em 2017 no Festival Arte Concert, em Paris.
Bessie Smith com uma pincelada de Amy Winehouse. Uma pequena porção de Janis Joplin e algo de Tom Waits. E ainda qualquer coisa de Fiona Apple. O seu universo não desagradaria a Kurt Weill. Estas referências podem ser úteis para quem ainda não conhece Sarah McCoy. Os restantes sabem que esta compositora e intérprete não se assemelha a ninguém, que a sua voz e carisma são únicos e marcantes logo ao primeiro instante no palco.
Sarah McCoy nasceu em Nova Iorque, mas viajou bastante durante a adolescência. Depois da morte prematura do pai, partiu com 20 anos rumo a Charleston (Carolina do Sul) e seguiu para Santa Cruz, passando por Monterey (Califórnia) antes de se fixar em Nova Orleães. Deixando a terra onde cresceu, a jovem atravessou 44 dos 50 estados da América do Norte na companhia da melhor amiga e também instrumentista Alyssa Potter, numa fase que descreve como «psicadélica».
Depois de cinco anos à deriva, estabeleceu-se finalmente em Nova Orleães, em 2011. Após alguns concertos pontuais como Sarah McCoy and The Oopsie Daisies — que surgiam nos intervalos do seu trabalho em restaurantes e bares —, a artista recebeu um telefonema do dono do clube The Spotted Cat, a propor duas actuações semanais nesse espaço da cidade. Foi aí que conheceu o realizador francês e futuro manager — Bruno Moynie —, que a convenceu a apresentar-se ao vivo em Paris. Desta forma abriu-se o caminho até à estreia na Europa.