A comissão de credores de uma conhecida panificadora vianense, que fechou com dívidas superiores a dois milhões de euros, adjudicou a venda da sede por 315 mil euros.
Fonte do gabinete do administrador de insolvência, citada pela Lusa, escusou-se a revelar o investidor que apresentou a proposta de maior valor ao leilão eletrónico realizado no final de setembro. Mas outra fonte, da comissão de credores, composta por cinco membros, disse que o imóvel foi vendido à sociedade anónima José Manso Imobiliária.
Em causa está um edifício no Cais Novo, em Darque, na margem esquerda do rio Lima. Segundo a fonte do gabinete do administrador de insolvência, “não se encontram reunidas todas condições que permitam o encerramento do processo e, o consequente rateio do produto da venda pelos credores”. Aquela fonte apontou como exemplos “a marca da panificadora e a cobrança de créditos sobre entidades terceiras”.
O pedido de insolvência da panificadora foi apresentado pela própria empresa, a sociedade Fernandes e Alves, com sede no Cais Novo, em Darque, em setembro de 2017, alegando dívidas no valor 1.358.974 euros, a mais de 200 credores.
Naquele valor não estavam contabilizados os créditos aos cerca de 60 trabalhadores que a empresa empregava na altura.
Entre os principais credores da empresa, que, além da fábrica, detinha ainda quatro lojas, em regime de aluguer e concessionadas a outra empresa cujo proprietário também é credor, encontram-se além dos trabalhadores, a Caixa Geral de Depósitos, o Novo Banco e a Segurança Social.