Semana Santa e Páscoa

Na paróquia de Santa Marta de Portuzelo, a grande participação de fiéis nas celebrações litúrgicas da Semana Santa e da Páscoa, foi a nota mais saliente. A partir da quarta-feira de cinzas, as dinâmicas da catequese, propostas pelo Roteiro Diocesano para a Quaresma, e a partilha das suas reflexões com a comunidade, pareceram resultar num despertar das consciências para um tempo diferente, de preparação para algo muito peculiar. Resultado dessa convivência ou não, a verdade é que muitos foram os que ‘reviveram’ a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, na manhã de domingo de Ramos, louvando-O durante a procissão. Como muitos foram os que, à tarde, contritos e meditativos, quiseram contemplar o seu rosto sofredor e segui-l’O, na Procissão dos Passos, não ficando indiferentes ao sofrimento silencioso de sua Mãe, Maria, aquando do emotivo encontro. Logo ali se sentiu que a Semana Maior iria trazer vivências consequentes, com propósitos de arrepiar caminho, rumo a uma vida nova.

Entrados na Semana Santa, o Tríduo Pascal veio revelar uma comunidade a participar massivamente na sua liturgia. Na quinta-feira Santa, acorrendo à Missa da Última Ceia, com idosos em representação dos apóstolos na cerimónia do Lava-pés. Nela foram exibidos os óleos destinados aos sacramentos do Crisma, Batismo e Santa Unção, a cuja consagração e bênção por D. Anacleto, na Missa Crismal da manhã, tinha assistido um grupo de jovens crismandos, que se deslocara à Catedral para viver esses momentos solenes.

Na sexta-feira Santa, pelas 15h, a celebração da Paixão e Adoração da Cruz, teve uma enorme afluência de fiéis, entre os quais muitas crianças, adolescentes e jovens. Foram momentos sentidos e vividos com muita fé. À noite, com encenação de Ricardo Afonso, decorreu a Via-Sacra ao vivo, com muita gente a meditar e a interrogar-se no porquê de tanto sofrimento de Jesus.

No sábado Santo, após um dia de pretendido silêncio, foi também muito concorrida a liturgia da Vigília Pascal. Iniciou com a bênção do Lume Novo, alimentado pelos propósitos e reflexões da catequese, que elaboraram ao longo da Quaresma e haviam depositado junto à Cruz, durante sua Adoração, na véspera. Liturgias da Luz, da Palavra, do Batismo e da Eucaristia, foram o enquadramento perfeito para a explosão de alegria com o anúncio da Ressurreição.

Definitivamente, a morte está vencida. Uma vida nova se anuncia e que está ao alcance de cada um, assim cada um esteja disposto a caminhar ao lado e com Jesus, saindo de si próprio ao encontro do outro e doando-se, como Ele se doou, para salvação de todos e de cada um. Em boa verdade, toda a envolvência e vivência deste ciclo litúrgico reflete uma comunidade a caminho, com passada demasiado lenta, talvez, mas firme e determinada, que terá tido o seu clique no Ano da Fé, em 2012. Tudo se vem renovando, numa tentativa de acompanhar, nos seus propósitos, a ação pastoral do papa Francisco e do bispo diocesano D. Anacleto, com a ajuda e orientação dos párocos. Entre os vários sinais que evidenciam esta realidade, na nossa paróquia, está o Evangelho vivo na Pastoral da Saúde.

À parte esta sensação de melhor interiorização da mensagem, foi muito entusiasta e respeitosa a forma como os santamartenses viveram a Alegria da Ressurreição, no domingo e segunda-feira. Para isso muito contribuíram os familiares do Mordomo da Cruz, senhor José Agostinho, que sobre os seus ombros tiveram a responsabilidade da organização do compasso, em muito beneficiado com a beleza dos trajes das lavradeiras e a boa direcção dos guias. Algo que, felizmente, vem acontecendo há vários anos.

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